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É trazendo de suas regiões os rios da vida das mulheres na Agroecologia que, com muita música e força, a plenária das mulheres abre a programação do IV Encontro Nacional da Agroecologia (ENA).
Para as
mulheres SEM FEMINISMO NÃO HÁ AGROECOLOGIA, pois a prática agroecológica tem
sido um caminho coletivo de construção de uma filosofia de vida que, a partir
de uma forma de pensar e fazer da agricultura, propõe relações justas,
igualitárias e equilibradas entre as pessoas e o meio ambiente.
A mística
de abertura, além de trazer seus rios de luta agroecológica, as mulheres
lembram o crime contra o Rio Doce. Elas curaram as águas dos
agrotóxicos, agronegócio e machismo. As mais de mil mulheres do campo, das
florestas e das águas, também curam o país, defendendo a democracia, a
liberdade de Lula, justiça para Marielle e muito, muito feminismo.
A
secretária de Mulheres de Mulheres da CONTAG Mazé Morais, afirma que o IV ENA
é momento de dialogar e refletir com a sociedade sobre o que
queremos para o futuro da humanidade. Pois, se não pensarmos seriamente sobre
o tema da preservação do recursos naturais, a existência da vida no planeta
está comprometida.
Mazé ainda
compartilha que diante da atual conjuntura posta no Brasil, defender a
AGROECOLOGIA é "denunciar o golpe à DEMOCRACIA e aos nossos direitos.
Portanto, o IV ENA tem o papel de anunciar qual projeto de sociedade que a
gente quer", afirma a secretária de Mulheres da CONTAG, na Plenária das
Mulheres.
Também
participam do IV ENA, a secretárias da CONTAG de Meio Ambiente Rosmari
Malheiros, de Jovens Mônica Buffon, e a coordenadora da Regional Sudeste
Alaíde Bagetto.
Maria
Emília, da coordenação da Articulação Nacional da Agroecologia (ANA),
ressalta que, em uma sociedade tão movida pelos insumos fósseis, a
agroecologia está construindo outras alternativas no país. “Nosso sistema
alimentar depende fundamentalmente da agricultura familiar, camponesa e
indígena com comida de verdade. Não há desabastecimento de quem está perto de
quem produz”, disse.
Ela
continua: “a agroecologia se faz com a construção de valores que significam a
emancipação das mulheres, luta permanente contra o racismo e etnocídio.
Estamos aqui, acima de tudo, pra dizer que as mulheres estão sempre na
vanguarda, nas lideranças e na defesa dos bens comuns”.
Defesa das
sementes
A defesa
das sementes, da plantação sem veneno e defesa da responsabilidade urbana com
a agroecologia apareceu em diversos momentos da plenária. “Nossa alimentação,
na nossa roça, não tem agrotóxico. Precisamos de mais encontros como esse, e
mais indígenas participando desses encontros”, trouxe a pajé Vanda, de
Roraima.
No momento
de falas abertas do plenário, as mulheres trouxeram suas histórias pessoais,
desde suas regiões e trabalhos. Assim, compartilharam suas pautas para a
agroecologia, para o feminismo e para a política.
Unidas
nesta plenária e durante todo o ENA, as mulheres rumam a uma outra sociedade,
em defesa da terra e das águas, livre de machismo, racismo, veneno,
mineração, golpes e ataques à democracia e aos direitos sociais.
Fonte:
Comunicação IV ENA
FONTE: Comunicação IV ENA
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