domingo, 30 de setembro de 2018

#ELENÃO - MULHERES RURAIS NA LUTA CONTRA O MACHISMO!


As mulheres rurais repudiam o candidato "coiso" e o seu discurso carregado de ódio, machista, homofóbico, preconceituoso, fascista e intolerante. 


Assista o vídeo na TV CONTAG 
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#elenao #elenunca

FONTE: Comunicação CONTAG- Barack Fernandes

Confira se o seu título de eleitor está entre os 3,4 milhões cancelados pelo STF

FOTO: Roberto Parizotti/CUT

Quem não fez o cadastramento biométrico nas 1.248 cidades onde a revisão cadastral era obrigatória teve o título cancelado.

Nas eleições deste ano, quase 3,4 milhões de brasileiros não poderão votar porque não fizeram o cadastramento biométrico nas 1.248 cidades onde a revisão cadastral era obrigatória. Veja abaixo como saber se o seu título é um deles.

A decisão de cancelar os títulos foi tomada nesta quarta-feira (26) pelo Supremo Tribunal Federal. Os juízes consideraram que o prazo e os meios de divulgação que a Justiça Eleitoral utilizou para informar sobre a necessidade da revisão cadastral foram abrangentes. Os eleitores receberam avisos nas contas de luz e do IPTU, foram alertados por meio de propagandas nas rádios e TVs e até faixas foram exibidas nos campos de futebol.

O prazo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para regularização da situação cadastral terminou no dia 9 de maio. Nesta quinta, o STF julgou pedido de liminar feito pelo PSB, PT e PC do B que queriam evitar o cancelamento dos títulos de eleitores, alegando que são inconstitucionais as resoluções do TSE que disciplinaram o cancelamento. O Supremo negou a liminar por 7 votos a 2.
Dos 147 milhões de eleitores aptos a votar em todo o Brasil nas eleições de outubro, 87 milhões (59%) fizeram a biometria. Mais da metade dos cancelamentos foi em estados das regiões Norte e Nordeste do país, onde 54% dos eleitores tiveram os títulos cancelados. A Bahia é o estado com mais cancelamentos, 586 mil. Em segundo lugar vem o interior de SP, com 375.169; seguido do Paraná, com 257.941; e Ceará, com 234.487.

Total de títulos cancelados:
Acre 13.564
Bahia 586.333
Ceará 234.487
Espírito Santo 48.807
Goiás 219.426
Maranhão 216.576
Minas Gerais 213.172
Mato Grosso do Sul 61.502
Mato Grosso 18.074
Pará 204.914
Paraíba 123.885
Pernambuco 150.260
Piauí 100.260
Paraná 257.941
Rio de Janeiro 71.598
Rio Grande do Norte 92.663
Rondônia 33.611
Roraima 12.614
Rio Grande do Sul 167.116
Santa Catarina 125.585
São Paulo 375.169
Tocantins 40.890
Brasil 3.368.447
Fonte: TSE
*No site TSE você saberá se o seu título foi cancelado*
Para saber se o seu título foi cancelado, acesse o site do TSE, clique onde está escrito “situação eleitoral”, digite o número do seu título do eleitor, clique no quadro embaixo ao lado da frase “não sou robô”, clique em consultar e aguarde. Se aparecer a palavra “regular”, seu título está regular e você poderá votar.
Se o titulo foi cancelado o que fazer?
O cadastro eleitoral está fechado e só será reaberto após o fim do segundo turno, dia 5 de novembro.
Tem multa para quem não votou?
Segundo o TSE, a multa eleitoral por não comparecimento injustificado no dia da votação varia de R$ 3,51 a R$ 35,10, dependendo da análise do juiz eleitoral da região.

FONTE: Portal da CUT

Em carta sobre o que está em jogo nessas eleições, Margaridas aderem ao #EleNão

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Marcha das Margaridas diz, em carta que fala em mobilização e o diálogo nesta reta final de campanha, que é preciso defender projeto democrático, popular, feminista, antirracista, soberano e agroecologico.

As organizações parceiras da Marcha das Margaridas divulgaram, na última sexta-feira (28), uma carta alertando as mulheres sobre o que está em jogo nas eleições deste ano, explicando porque as Margaridas aderiram ao movimento #EleNão.

Na reta final da campanha eleitoral, o texto incentiva a mobilização e o diálogo com a sociedade, em defesa de candidaturas comprometidas com o projeto democrático, popular, feminista, antirracista, soberano e agroecológico, comprometido com a classe trabalhadora.

E alerta sobre os riscos de o país eleger um candidato de extrema direita que vai dar continuidade a política neoliberal, com retirada de direitos, agenda privatista, conservadora e antidemocrática, que vem sendo implementada pelo ilegítimo e golpista Michel Temer (MDB-SP) desde o golpe de 2016.

“É tempo de eleições! E nós, as Margaridas, mulheres trabalhadoras do campo, da floresta e das águas – agricultoras, assentadas, camponesas, assalariadas rurais, indígenas, quilombolas, extrativistas, quebradeiras de coco, seringueiras, catadoras de mangaba, ribeirinhas, pescadoras artesanais, faxinalenses, sertanejas, vazanteiras, caatingueiras, criadoras em fundos de pasto – nos dirigimos à sociedade brasileira para dialogarmos sobre o que está em jogo nestas eleições”, diz o trecho inicial da carta.

Em seguida, o documento repudia as medidas nefastas implementadas pelo  ilegítimo Temer, como a reforma Trabalhista e a PEC do congelamento de gastos. Repudia, também, “o acirramento do machismo e, consequentemente, o aumento expressivo dos casos de violência, principalmente contra as mulheres; bem como o corte drástico dos recursos destinados à obtenção de terras da Reforma Agrária, que não permite atender sequer aos processos já em andamento”.

“Os pilares que nos mobilizam se firmam na luta por um Brasil com soberania popular, democracia, igualdade, justiça e garantia de direitos, que oportunizem autonomia e liberdade às mulheres. Pilares que vêm sendo sistematicamente ameaçados pelo golpe”, afirmam as Margaridas na carta que lista uma série de retrocessos que prejudicaram as trabalhadoras e os trabalhadores do campo.

“Nós, mulheres do campo, da floresta e das águas lutaremos ao lado de todas e todos que se mobilizam pelo País, na luta contra candidatos/as que atuam de forma articulada em favor das grandes corporações, do agronegócio e que defendem o ódio e a violência como ferramenta de controle das nossas vidas e corpos. Lutaremos para que as suas agendas sejam derrotadas nas urnas”, afirmam as Margaridas.
Clique aqui e leia a íntegra da carta.
Fonte: CUT NACIONAL
Adaptação: STRAF - NOVA CRUZ/RN, 30/09/2018.

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

SANEAMENTO BÁSICO Aberta Consulta Pública sobre o Programa Nacional de Saneamento Rural (PNSR)

Está aberta até o dia 19 de outubro de 2018 a Consulta Pública para receber propostas emendas ao Documento Central do Programa Nacional de Saneamento Rural (PNSR).

O PNSR é um dos três programas do Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB), aprovado pela portaria nº 571, de 5 de dezembro de 2013. E o PLANSAB foi elaborado a partir da Lei nº 11.445/2007, que estabeleceu as diretrizes nacionais e a política federal para o saneamento básico.

A Chamada Pública foi lançada no último dia 19 de setembro, na sede da Fiocruz, em Brasília, durante o Seminário do Programa Nacional de Saneamento Rural, e a CONTAG esteve presente, sendo representada pelas assessorias das Secretarias de Política Agrícola e de Políticas Sociais. O Seminário também teve como objetivo apresentar os resultados e propostas da versão preliminar do Documento Central do PNSR.

O Documento está organizado em nove capítulos e está aberta para apresentação de emendas seja de pessoa física ou jurídica, visando a melhoria de cada capítulo de três formas: Emendas Aditivas (propostas novas ao PNSR); Emendas Supressivas (retirada de propostas que você não concorde); e Emendas Corretivas (sugestões de melhorias nas propostas já existentes).


Entrando no site http://pnsr.desa.ufmg.br/consulta/ , você terá acesso aos nove capítulos do PNSR no link Baixar Documentos, e terá acesso ao formulário onde poderá fazer suas contribuições, no link Formulário Online. Abrindo o formulário online, você encontrará o passo a passo para apresentar as emendas ao PNSR.

É importante ressaltar que um primeiro passo é fazer uma leitura, individual ou coletiva, dos capítulos, principalmente daqueles onde constam as propostas do PNSR, tais como: Eixos Estratégicos, Metas, Investimentos, Gestão do Programa, entre outros.


Durante a leitura é conveniente já destacar se pretende apresentar emendas, marcando a página e o número da linha. Após esta leitura, basta entrar no formulário online para fazer as sugestões apontadas como importantes para qualificar o PNSR.


Para a CONTAG, é fundamental que todos e todas debatam as propostas e participem da consulta pública, uma vez que sabemos o quanto o espaço rural ainda é carente de saneamento básico.

Fonte: CONTAG

NOTA DA CONTAG CONTAG cobra transparência na seleção de novo presidente da Embrapa

A Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (CONTAG) vê com preocupação o processo de seleção do novo presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). O mais cotado para assumir a Presidência, já em outubro desse ano, é Sebastião Barbosa, que já ocupou anteriormente, de forma irregular, o cargo de chefe geral da Embrapa Algodão, onde também acumula queixas de má gestão e perseguição aos trabalhadores da unidade.

Segundo informações do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (Sinpaf), a contratação indevida de Sebastião e de outros chefes e assessores da Embrapa resultou em uma ação civil pública movida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), que transitou em julgado e condenou a empresa a demitir todos os admitidos sem concurso público. Contudo, Sebastião permaneceu no exercício da função, com o respaldo da Diretoria Executiva da Embrapa, até que o Sinpaf solicitasse ao MPT, em 2017, providências em razão do descumprimento da sentença.

Ao que tudo indica, Sebastião Barbosa está sendo indicado pelo ministro da Agricultura Blairo Maggi com o intuito de deixar um aliado no comando. O Sinpaf divulgou nota afirmando que, desde o início, o processo de seleção foi marcado por falta de transparência. “O Conselho de Administração da Embrapa (Consad) não cumpriu com o item 7 da Resolução 174, que determina a divulgação da lista tríplice no site da empresa. Além disso, informações do processo vazavam a todo momento para empregados, imprensa e setores do agronegócio, sem qualquer divulgação oficial, o que demonstra quebra de sigilo pelo Consad.”

A CONTAG e a Embrapa renovaram em 21 de setembro de 2016, por mais cinco anos, um Acordo Geral de Cooperação Técnica, firmado desde 25 de novembro de 2011, e que vem garantindo um conjunto de ações e atividades voltadas ao fortalecimento da agricultura familiar.

E a indicação de alguém com o perfil de Sebastião Barbosa para a Presidência da Embrapa preocupa a CONTAG quanto à possibilidade ou não do cumprimento e renovação do acordo, ainda mais em cenário que aponta para uma redução ainda maior de investimentos em pesquisa para o desenvolvimento da agricultura familiar.

Portanto, a Diretoria da CONTAG cobra transparência no processo e que a Presidência da Embrapa seja assumida por alguém do quadro efetivo da empresa, com compromisso de mantê-la forte, pública, priorizando ações a diversos setores estratégicos para o País, em especial para a agricultura familiar, e que se evite interferências políticas no processo.

Fonte: CONTAG

ELEIÇÃO CNDI - CONTAG é reeleita para o Conselho Nacional de Direitos da Pessoa Idosa (CNDI)

Ontem (25), a CONTAG, através da sua Secretaria da Terceira Idade foi eleita, enquanto representante de trabalhadores rurais agricultores e agricultoras familiares, para compor mais uma vez o referido Conselho Nacional de Direitos da Pessoa Idosa (CNDI), biênio 2018-2020. Ao todo foram eleitas 14 entidades organizadas da sociedade civil, sem fins lucrativos, com atuação na área da promoção e defesa dos direitos da pessoa idosa.
 
“Por ser um espaço democrático de participação social e inclusão, que traz para a esfera pública uma discussão ampliada sobre as reais necessidades das pessoas idosas é de fundamental importância a participação da CONTAG, sobretudo no que se refere a pauta dos idosos e idosas rurais de todo o Brasil”, ressalta a secretária da Terceira Idade da CONTAG, Josefa Rita da Silva (Zefinha).

Zefinha destaca que a participação da CONTAG no CNDI é fundamental para a criação de estratégias e monitoramento de políticas públicas para a terceira idade e pessoas idosas, na perspectiva de avançar no controle social, no fortalecimento da ação do Movimento Sindical e na prestação de melhores serviços a essa geração do campo.

Por falar nos Conselhos de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa, a CONTAG através da sua Secretaria da Terceira Idade publicou uma cartilha que contém orientações que contribuirão para a criação, implementação ou readequação dos Conselhos em todo o âmbito federativo.  Leia a Cartilha AQUI 
SAIBA MAIS!

O que são Conselhos de Direitos da Pessoa Idosa?

Os conselhos de direitos da pessoa idosa são órgãos criados por lei e devem integrar, obrigatoriamente, a estrutura do poder Executivo estadual, distrital ou municipal.

Como órgãos superiores permanentes, deliberativos e paritários (art. 6º da Lei 8.842 de 04/01/1994), os conselhos devem estar livres de qualquer condição de subordinação de caráter clientelístico, partidário e político.

Sua natureza deliberativa significa que o colegiado tem autoridade e competência para intervir, formular, propor alterações, acompanhar e avaliar as políticas públicas e ações privadas destinadas ao atendimento da pessoa idosa, incentivar e/ou propor, junto aos poderes e autoridades competentes, a criação dos fundos especiais da pessoa idosa em sua instância político-administrativa. Já a natureza paritária significa que o conselho deve ser constituído por igual número de representantes do governo e da sociedade civil local.

Com estas características, os conselhos constituem espaços propícios para o exercício da participação direta e do controle democrático das políticas destinadas ao atendimento da pessoa idosa.

Principais competências de um Conselho Estadual ou Municipal de Direitos da Pessoa Idosa:

• Zelar pela implantação, implementação, defesa e promoção dos direitos da pessoa idosa;

• Propor, opinar e acompanhar a criação e elaboração da lei de criação da política estadual ou municipal da pessoa idosa;

• Propor, formular, acompanhar, fiscalizar e avaliar as políticas e ações do estado ou município destinadas à pessoa idosa, zelando pela sua execução;

• Cumprir e zelar pelas normas constitucionais e legais referentes à pessoa idosa, sobretudo a Lei Federal nº 8.842, de 04/01/94, a Lei Federal nº 10.741, de 01/10/2003 (Estatuto do Idoso) e demais leis de caráter estadual ou municipal;
• Denunciar à autoridade competente e aos ministérios públicos o descumprimento de qualquer um dos dispositivos legais acima elencados;

• Receber e encaminhar aos órgãos competentes as petições, denúncias e reclamações sobre ameaças e violação dos direitos da pessoa idosa e exigir das instâncias competentes as medidas efetivas de proteção e reparação;

• Propor, incentivar e apoiar a realização de eventos, estudos e pesquisas voltados para a promoção, proteção, a defesa dos direitos e melhoria da qualidade de vida da pessoa idosa;

• Incentivar a criação do fundo especial para captação de recursos destinados a atender as políticas, ações e programas destinados à pessoa idosa, bem como deliberar sobre aplicação dos recursos oriundos do mesmo, elaborando e aprovando os planos de ação e aplicação e, ainda, acompanhar, fiscalizar sua utilização e avaliar os resultados, dentre outras competências.

FONTE: Comunicação CONTAG – Barack Fernandes, com informações da Secretaria da Terceira Idade da CONTAG

terça-feira, 25 de setembro de 2018

CPC/RN CONVOCA ASSEMBLEIA GERAL


O Centro Potiguar de Cultura - CPC/RN, em reunião realizada no dia 01 de setembro do ano em curso em sua sede - Nova Cruz/RN, deliberou convocação de Assembleia Geral, que ocorrerá dia 20 de outubro próximo, conforme Edital Publicado no Diário Oficial do Estado (DOE/RN), no último dia 22 de setembro, conforme EDITAL e CARTAZ acima exposto.

Dando assim ciência nos termos estatutários aos demais diretores, associados, convidados.e a sociedade em geral.

domingo, 16 de setembro de 2018

LIDERANÇAS RURAIS REÚNE-SE EM MACAÍBA E CONTA UM POUCO DA HISTÓRIA DA LUTA PARA CRIAR A CONTAG!

 Momentos da reunião no STR de Macaíba/RN,  onde as lideranças e seus representantes falaram sobre o nascimento da CONTAG, os STRs e a FETARN
Reunião e entrevista na residencia do líder  sindical aposentado e o primeiro presidente do STR de MACAÍBA/RN,  CESÁRIO BATISTA DA CRUZ - Foto: Cesário e o assessor do STRAF-NOVA CRUZ, radialista e presidente do Centro Potiguar de Cultura - CPC/RN, Eduardo Vasconcelos
Final da reunião com CESÁRIO  CRUZ - Foto: Jefferson Silva, Geraldo Silva (atual presidente do STR de Macaíba, Damião Gomes da Silva (Fundador e ex presidente do STR/STRAF de Nova Cruz, CESÁRIO BATISTA DA CRUZ (Primeiro presidente do STR/MACAÍBA) e Eduardo Vasconcelos

Na chegada em Macaíba fomos recepcionadoS com um café da manha oferecido pelo assessor do STR de Macaíba, JEFFERSON SILVA


Chegando em Macaíba - RN

Após o café fomos direto para o STR de Macaíba, juntamos com os líderes sindicais: Jaír Macedo de Lima (filho do saudoso, José Ferreira - STR de Macaíba e FETARN), Geraldo Paulo da Silva, atual presidente do STR de Macaíba, Damião Gomes da Silva, fundador do STR de Nova Cruz e eleito primeiro presidente, Francisco Moacir Soares, dirigente da CTB/RN, Edmilson Gomes da Silva, atual presidente do STRAF de Nova Cruz e Eduardo Vasconcelos, radialista, assessor de comunicação do STRAF de Nova Cruz e atual presidente do Centro Potiguar de Cultura - CPC/RN, entre outros observadores.

Eduardo Vasconcelos abriu a reunião explicando os motivos da reunião (ANIVERSÁRIO da CONTAG e DOCUMENTÁRIO), que brevemente a CONTAG irá elaborar sobre o surgimento da mesma, sua importância, suas conquistas, homenagens e reconhecimento das lideranças sindicais/rurais, que ajudaram a construir a CONTAG.

Com a palavra:

- Jair Lima (representando seu pai já falecido, (JOSÉ FERREIRA). Jair falou da luta do seu pai no movimento sindical rural, da luta camponesa, da resistência a ditadura militar, que seu pai, juntamente como tantos outros a época, conseguiram de forma eficaz e determinadas, lutar e avançar, criando os sindicatos de Macaíba, Nova Cruz, Riachuelo, Touros, Pendencia e Extremoz e em seguida fundaram a FETARN, contribuindo desta forma para a fundação da CONTAG, que no próximo dia 22 de dezembro de 2018 completará 55 anos de LUTAS, GLÓRIAS, RESISTÊNCIA, CONQUISTAS , SUPERAÇÃO e SEMPRE AO LADO DO HOMEM DO CAMPO!

- Para o fundador e primeiro presidente  do STR de Macaíba, CESÁRIO BATISTA DA CRUZ, agradeceu de inicio o convite de DOM EUGÊNIO SALES, que  na época o convido para criar o sindicato, como outros, em outras cidades através da Liga Camponesa, com o apoio também  do pároco de São José de Mipibu, isso na década de 60.

Cesário também foi tesoureiro na década de 70 da FETARN.

Cesário citou também a força que José Rodrigues deu, incentivando-o a seguir na luta, orientando-o a criar o sindicato em Macaíba, como em outras cidades, juntamente com Damião Gomes da Silva de Nova Cruz.  Ele conclui dizendo que as cidades de Nova Cruz, Macaíba, Touros, Riachuelo, Extremoz, São José de Mipibu, São Paulo do Potengi, Pendências foram fundamentais para a criação da FETARN e em seguida a CONTAG e que José Rodrigues foi o baluarte para a organização do Movimento Rural no Estado.

- O atual presidente do STR de Macaíba, GERALDO PAULO DA SILVA, registra que em 1972 uma das principais bandeira era a REFORMA AGRÁRIA, mas era PROIBIDO de pronunciar essa frase, chegando a sofrer perseguições e muita pressão, mas a força e o crescimento dos sindicatos avançaram fizeram com que surgissem mais sindicatos, fortalecendo a FETARN, ganhando assim mais força pela REFORMA AGRÁRIA. Geraldo registra que muitos companheiros na época foram presos.

Geraldo hoje ainda segura a bandeira do STR de Macaíba, inclusive é candidato único nas eleições deste ano do sindicato.

- JEFFERSON SILVA, filho do atual presidente do STR de Macaíba, prestou seu depoimento elogiando todos aqueles que lutaram e ainda lutam na defesa da classe trabalhadora, incluindo seu pari, Geraldo Silva, atual presidente do STR de Macaíba. Jefferson fez questão de registrar o apreço, admiração e carinha que tinha pelo saudoso José Ferreira e que aprendeu também muito com ele. Um homem ímpar, que dedicou toda a sua vida pela luta e organização do homem do campo e que também aprendeu muito com o seu pai e ainda hoje aprende muito, pela sua energia e dedicação que ele tem por defender os trabalhadores rurais e em especial o de Macaíba.

Lembrando que Jefferson é um dos admiradores do José Ferreira.

- DAMIÃO GOMES DA SILVA - Fundador e primeiro presidente do STR de Nova Cruz contou das dificuldades que teve para criar o sindicato, mas com união, determinação e ousadia conseguiu fundar-o, agregando várias outras cidades, chegando na época a ser um dos mais atuantes e fortes sindicato do estado.

Damião fala também da união com outros companheiros, como José Rodrigues (Vale do Assú), Cesário Cruz (Macaíba), JOSÉ FERREIRA e tantos outros, conseguindo com muita determinação e luta a criarem a FETRAN, juntamente com os companheiros pernambucanos, que da mesma forma ajudaram a criar a CONTAG.

Para Damião foi crucial essa luta desencadeada pelos dois estados, ou seja, Rio Grande do Norte e Pernambuco para a FUNDAÇÃO DA CONTAG.

Damião finaliza dizendo que ele e todos os outros que contribuíram para a organização do homem do campo, através de seus sindicatos, federações e a CONTAG se orgulham muito e que isso ninguém tirará deles.

Damião finalizou lembrando que em dezembro deste ano a CONTAG completará 55 anos e será um marco reunir todos aqueles que deram a suas vidas para levantar a bandeira do homem do campo, através da CONTAG, ORGULHO DO BRASIL E EM ESPECIAL AO HOMEM DO CAMPO, concluiu DAMIÃO.

- MOACIR SOARES, dirigente da CTB/RN também esteve prestigiando a reunião histórica e contribui também falando da importância e contribuição que esses guerreiros ouvidos pelo o radialista, blogueiro e presidente do Centro Potiguar de Cultura - CPC/RN, Eduardo Vasconcelos, deram e ainda estão dando ao Movimento Sindical e em particular o Movimento dos Trabalhadores Rurais, que ajudaram a criar uma das maiores confederações da América Latina, a CONTAG!

Moacir Soares também destacou a luta do companheiro e saudoso, JOSÉ FERREIRA, homem que plantou idéias, fez amizades, ajudou na construção dos sindicatos, da FETARN e da CONTAG, um HOMEM ÍMPAR! Concluiu, Moacir Soares.

É bom lembrar que todos os ouvidos, sempre fizeram questão de ressaltar a importância da participação do SAUDOSO JOSÉ FERREIRA, que dedicou toda a sua VIDA NA LUTA PELO HOMEM DO CAMPO e da LIBERDADE! 

Lembrando que a direção da CONTAG está desenvolvendo um DOCUMENTÁRIO que conta  o nascimento e as lutas da CONTAG e que no dia 22 de dezembro deste ano a mesma estará completando 55 anos, DE LUTAS, CONQUISTAS, RESISTÊNCIA E DEFESA CONSTANTE EM PROL DO HOMEM DO CAMPO!

Outras reuniões virão!

Após a reunião o STR de Macaíba ofereceu um almoço aos participantes. 

Participaram da reunião: GERALDO PAULO DA SILVA. DAMIÃO GOMES DA SILVA. JAIR SILVA, EDMILSON GOMES DA SILVA, JEFFERSON SILVA, MOACIR SOARES e EDUARDO VASCONCELOS.







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sexta-feira, 14 de setembro de 2018

STRAF E O CPC/RN ESTARÃO AMANHÃ EM MACAÍBA/RN RUMO A DOCUMENTÁRIO EM PROL DA CONTAG

Foto: CONTAG: Nosso saudoso JOSÉ FERREIRA DE LIMA, ex dirigente da FETARN e um lutador pela organização e fundação da CONTAG

 Amanhã, 22 de setembro, membros do STRAF de Nova Cruz e o CPC/RN estarão em Macaíba para se reunirem com lideranças rurais, que contarão suas histórias e lutas para juntos com outras lideranças na época que  criaram a CONTAG.

Por isso  o STRAF de Nova Cruz/RN e o STR de Macaíba/RN  a pedido da CONTAG mobilizarão Lideranças sindicais a época e atuais para uma importante reunião com parte também de outras lideranças potiguares que ajudaram  de forma direta ou indireta a fundar a CONTAG nos anos 50, como os líderes sindicais: DAMIÃO GOMES DA SILVA (Nova Cruz), EDMILSON GOMES DA SILVA, atual presidente do STRAF de Nova Cruz e filho de Damião Gomes, JOSÉ FERREIRA (In memoriam), que será representado por seu filho, JAIR FERREIRA, JOSÉ RODRIGUES do Vale do Assú e o sindicalista JEFFERSON LUIZ LOPES DA SILVA  , filho do ex presidente do STR/Macaíba, GERALDO PAULO DA SILVA  e CESÁRIO BATISTA DA CRUZ, primeiro presidente do STR de Macaíba. Todos estarão presentes, menos o nosso saudoso Zé Ferreira, mas estará sendo representado pelo seu filho, Jair já citado acima.

A histórica reunião acontecerá no STR de Macaíba, onde todos os convidados darão seus depoimentos sobre o nascimento da CONTAG, hoje uma das maiores confederações da América Latina. Serão depoimentos gravados, arquivos documentais da época, fotos e memórias voltadas para os anos 50.

Para o assessor de comunicação do STRAF de Nova Cruz, EDUARDO VASCONCELOS. "Será um momento único na minha vida em se reunir com lideranças que dedicaram suas vidas na defesa do homem do campo e porque não dizer aos trabalhadores rurais do BRASIL!"

Este momento terá também como objetivo repassar esses dados para atual diretoria da CONTAG para que eles analise-as e desta forma possamos estar contribuindo para a elaboração de um  DOCUMENTÁRIO COMPLETO SOBRE O SURGIMENTO E IMPORTÂNCIA DA CONTAG no cenário brasileiro, que será feito pela atual diretoria da CONTAG.

Aguardem o resultado.

“9 em cada 10 casos de suicídios poderiam ser prevenidos”, diz OMS

Um mal silencioso e perigoso vem atingindo boa parte das famílias em todo o mundo. A cada três segundos ocorre uma tentativa e a cada 40 segundos um suicídio é consumado, apontam dados mundiais. No Brasil, os números também impressionam. Segundo dados oficiais, são 32 brasileiros e brasileiras que tiram sua própria vida diariamente, média de uma morte a cada 45 minutos. É um mal que atinge famílias do campo e da cidade, e não escolhe raça, cor, orientação sexual e classe econômica.

As taxas de suicídio já superam a quantidade de vítimas da Aids e da maioria dos tipos de câncer e a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que também é significativamente maior que os óbitos por homicídio: 800 mil por ano, contra 470 mil.

O mais alarmante é que o cenário pode ser pior ainda, pois existem muitos casos subnotificados. Muitos suicídios são registrados no Sistema de Informação de Mortalidade do Ministério da Saúde como envenenamento, acidente, intoxicação, atropelamento, entre outras causas. É por isso que se faz necessário acender a “luzinha amarela” e ficar alerta.

E esse alerta foi o que motivou algumas organizações, como a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), o Centro de Valorização da Vida (CVV) e o Conselho Federal de Medicina (CFM), que preocupadas com o aumento de casos de suicídio em todo o mundo, iniciaram a campanha do Setembro Amarelo no Brasil.

O Setembro Amarelo é uma campanha mundial de conscientização sobre a prevenção do suicídio, e tem como objetivo alertar a população a respeito da realidade do suicídio no Brasil e no mundo e suas formas de prevenção.

A ABP já se posicionou sobre o tema em várias ocasiões e afirmou que o suicídio é uma “emergência médica”. Segundo a Associação, quase 100% das pessoas que tentaram ou que consumaram o suicídio têm quadro psiquiátrico, mas, no entanto, são transtornos tratáveis com acompanhamento médico. A OMS destaca que 9 em cada 10 casos poderiam ser prevenidos. No entanto, a pessoa precisa buscar ajuda profissional ou apoio familiar e a família também precisa estar atenta aos sinais.

ALGUNS SINAIS

A publicação do Ministério da Saúde “Suicídio. Saber, agir e prevenir” explica que o comportamento suicida indica que a pessoa enfrenta algum sofrimento emocional ou dificuldade. Mas, há casos em que nenhuma perturbação mental foi detectada, e sim, situações outras de vulnerabilidade pessoal, econômica ou social.

O documento também informa que o fenômeno do suicídio é complexo, influenciado por vários fatores, e que generalizações de fatores de risco são contraproducentes.

Alguns fatores de risco são: abuso físico ou sexual; violência baseada em gênero; violência doméstica; discriminação; perda ou separação dos pais na infância; ter acesso aos meios de cometer suicídio; instabilidade familiar; ausência de apoio social; isolamento social; perda afetiva recente ou outro acontecimento estressante; datas importantes (reações a aniversário); desemprego; aposentadoria; apresentar dificuldade em lidar com estresses agudos ou crônicos da vida; ansiedade intensa; vergonha e humilhação (bullying); baixa autoestima; desesperança; e pouca flexibilidade para enfrentar adversidades. No entanto, “não há uma ‘receita’ para detectar seguramente quando uma pessoa está vivenciando uma crise suicida, nem se tem algum tipo de tendência suicida. Entretanto, um indivíduo em sofrimento pode dar certos sinais, que devem chamar a atenção de seus familiares e amigos próximos, sobretudo se muitos desses sinais se manifestam ao mesmo tempo”, explica a publicação do Ministério da Saúde.

Outros sinais de alerta são: as pessoas sob risco de suicídio costumam falar sobre morte e suicídio mais do que o comum, confessam se sentir sem esperança, culpadas, com falta de autoestima e têm visão negativa de sua vida e futuro; também fiquem atentos e não ignorem comentários como "Vou desaparecer”, “Vou deixar vocês em paz”, “Eu queria poder dormir e nunca mais acordar”, “É inútil tentar fazer algo para mudar, eu só quero me matar”; as pessoas com pensamentos suicidas podem se isolar, não atendendo a telefonemas, interagindo menos nas redes sociais, ficando em casa ou fechadas em seus quartos, reduzindo ou cancelando todas as atividades sociais, principalmente aquelas que costumavam e gostavam de fazer.

A equipe da Coordenação Geral de Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde, a partir de informações dessa publicação do MS, também destacou que a exposição ao agrotóxico, perda de emprego, discriminação por orientação sexual e identidade de gênero, sofrimento no trabalho, diminuição ou ausência de autocuidado, conflitos familiares, perda de um ente querido, doenças crônicas dolorosas ou incapacitantes, entre outros, podem ser fatores que vulnerabilizam, ainda que não possam ser considerados como determinantes para o suicídio.

Ao analisar mais de 15 mil casos, a OMS divulgou que 35,8% das vítimas tinham transtorno de humor; 22,4% eram dependentes químicos; 10,6% tinham esquizofrenia; 11,6%, transtorno de personalidade; 6,1%, transtorno de ansiedade; 1%, transtorno mental orgânico (disfunção cerebral permanente ou temporária que tem múltiplas causas não psiquiátricas, incluindo concussões, coágulos e lesões); 3,6% apresentavam transtorno de ajustamento (depressão/ ansiedade deflagradas por mudanças ou traumas); 0,3% outros distúrbios psicóticos, e 5,1% tinham outros diagnósticos psiquiátricos. Os 3,1% restantes não significam ausência de doença mental, mas a falta de um diagnóstico adequado.

A secretária de Políticas Sociais da CONTAG, Edjane Rodrigues, alerta que uma parcela significativa dos suicídios envolve pessoas do meio rural brasileiro, resultado do avanço capitalista que gera sofrimento social e causa processos de autoexclusão. “A prevenção ao suicídio precisa ser repensada, por isso a CONTAG, Federações e Sindicatos abraçam a Campanha do Setembro Amarelo. Vamos juntos e juntas vencer os nossos medos, compartilhar sentimentos, lutar por uma sociedade mais fraterna, justa, igualitária e que valorize a vida!”, ressaltou a dirigente da CONTAG.

A CONTAG organizou para esta sexta-feira (14) uma palestra para todos os funcionários(as) sobre o cuidado com a saúde do trabalhador e da trabalhadora, focando também na campanha do Setembro Amarelo, na prevenção do suicídio.

INFLUÊNCIA DE RELAÇÕES PRECÁRIAS DE TRABALHO NA VIDA DAS PESSOAS

Está muito enganado quem pensa que o ambiente de trabalho não interfere na vida e no emocional das pessoas. A publicação do Ministério da Saúde também destaca que, no trabalho, especificamente a prevenção do sofrimento/adoecimento mental pode se dar, principalmente, pela vigilância e intervenção dos fatores de riscos psicossociais nas condições e ambientes de trabalho, nos processos produtivos e nas relações sociais do trabalho.

“É importante que as organizações busquem reduzir cargas de trabalho excessivas, exigências contraditórias e falta de clareza na definição das funções; que incentivem a participação dos trabalhadores na tomada de decisões; que proporcionem aos trabalhadores o controle sobre a execução do seu trabalho; que criem metas factíveis aos trabalhadores; que melhorem a comunicação entre chefia e colegas, no ambiente de trabalho, por meio de uma gestão participativa, criando assim programas que visem restaurar o respeito e a cooperação entre superiores, colegas e subordinados”, diz o documento.
COMO AJUDAR?
Então, fique atento! Você está precisando de ajuda ou conhece alguém que apresente alguns dos sintomas apontados acima? Peça ajuda! “Você pode precisar de alguém que te acompanhe e te auxilie a entrar em contato com os serviços de suporte. Quando você pede ajuda, você tem o direito de ser respeitado e levado a sério; de ter o seu sofrimento levado em consideração; de falar em privacidade com as pessoas sobre você mesmo e sua situação; de ser escutado e ser encorajado a se recuperar”, explica a equipe da Coordenação Geral de Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde.

E uma dica para quem vai ajudar: deixe que a pessoa saiba que você está ali para ouvi-la e ouça-a com a mente aberta oferecendo seu apoio; incentive a pessoa a procurar ajuda de profissionais de serviços de saúde, de saúde mental, de emergência ou apoio em algum serviço público; ofereça-se para acompanhá-la a um atendimento; se você acha que essa pessoa está em perigo iminente, não a deixe sozinha.

E uma informação importante: o SUS oferece amparo e prevenção do suicídio em todas as unidades de atendimento. Para atendimento especializado, procure o Centro de Apoio Psicossocial (CAPS) da sua cidade. Vá até o site da prefeitura ou da Secretaria de Saúde do seu município ou do Distrito Federal e localize o posto mais próximo de você. O Centro de Valorização da Vida (CVV) também é parceiro do SUS na prevenção do suicídio; ligue 188 (ligação gratuita) ou acesse https://www.cvv.org.br/.


As Unidades Básicas de Saúde (Saúde da família, Postos e Centros de Saúde); UPA 24H, SAMU 192, Pronto Socorro; e Hospitais também estão preparados para ajudar.

Mais informações sobre a campanha Setembro Amarelo: http://www.setembroamarelo.org.br/.
FONTE: Assessoria de Comunicação da CONTAG - Verônica Tozzi

ELEIÇÕES 2018 - Avaliação do atual cenário político do Brasil

FOTO: Comunicação CONTAG- Fabrício Martins
Após a oficialização da candidatura de Haddad para presidente do Brasil, a CONTAG faz uma avaliação do atual cenário das Eleições de 2018. 
 
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FONTE: Comunicação CONTAG- Barack Fernandes

sábado, 8 de setembro de 2018

Após 12 anos de Lei Maria da Penha, o enfrentamento à violência contra as mulheres precisa ser intensificado

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A Lei 11.340/2006, conhecida como Lei Maria da Penha, completou 12 anos em agosto e é um dos símbolos da luta pelo enfrentamento à violência contra as mulheres ao tornar mais rigorosa a punição para agressões quando ocorridas no âmbito doméstico e familiar. No entanto, apesar dos avanços, faltam políticas públicas para que o dispositivo seja implementado de forma efetiva no País. As mulheres do campo e da cidade continuam a ser assassinadas, violentadas e assediadas diariamente e o que vemos é crescer a impunidade com tantos casos sem solução.

Há poucos dias, o Portal de Monitoramento da Política de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres apresentou os resultados preliminares de pesquisa que está sendo realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em parceria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que mede a qualidade do atendimento do Judiciário às mulheres vítimas de violência. Mesmo sendo preliminar, a pesquisa já aponta para a existência de problemas na resolução dos casos de violência de gênero, entre eles, a falta de juízes em audiências judiciais de violência doméstica e insuficiência do atendimento psicossocial às vítimas. Hoje, em média, apenas 37% dos casos de violência contra a mulher são solucionados no País, aponta a pesquisa.

No ano passado, os tribunais concentraram quase 1 milhão de processos referentes à violência doméstica. Mais especificamente sobre feminicídio, assassinato cometido por meio de violência doméstica, por ódio ou preconceito contra mulheres, durante 2017 foram mais de 10 mil processos sem resposta da Justiça e mais 2.643 novos processos aguardando julgamento.

Portanto, ao analisar esses e outros números, está claro porque o Anuário Brasileiro de Segurança Pública apontou que o Brasil se tornou mais perigoso para a mulher.

Maria da Penha, que deu nome à Lei 11.340/2006, por sofrer duas tentativas de assassinato pelo companheiro à época e ficar tetraplégica em decorrência de violência doméstica, foi vítima também da morosidade da Justiça brasileira. Seu processo tramitou 18 anos sem sentença definitiva, até que chegou à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (CIDH/OEA), que condenou o Brasil por omissão, negligência e tolerância em relação a crimes contra os direitos humanos das mulheres.



Nesta quinta-feira (06), a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) realizou Audiência Pública Interativa para debater os “Doze anos da Lei Maria da Penha”, requerida pelo vice-presidente da CDH, senador Paulo Paim (PT-RS). A secretária de Mulheres da CONTAG, Mazé Morais, foi uma das convidadas

Fonte: CONTAG

A soberania e a independência do Brasi


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Imagem do Google

Quando se fala em política externa no Brasil, a lembrança da doutrina inaugurada pelo quinto presidente dos Estados Unidos, James Monroe, há quase dois séculos, é inevitável. Seu sentido, traduzido no slogan “A América para os americanos”, está na lógica de que a economia dos Estados Unidos depende das imensas riquezas da América Latina e, por consequência, os passos políticos da região são sempre vigiados pela Casa Branca. A imagem mais recente da “Doutrina Monroe” é a proposta da Área de Livre Comércio das Américas (Alca), barrada pela ascensão de governos progressistas na região. 

Sua viabilidade dependia da continuidade de governos subservientes à diplomacia brucutu de Washington, de costas para os interesses dos povos da América Latina e associada às classes dominantes da região. O projeto atendia aos interesses estratégicos dos Estados Unidos na região, mas afetava em especial o Brasil, devido a suas dimensões territoriais, ao tamanho da população e ao gigantesco Produto Interno Bruto (PIB). Para aquela lógica, o Brasil fincando sua bandeira em outras terras fora do âmbito dos mercados norte-americanos e europeus soava como proposta exótica. 

A realidade se encarregou de provar o contrário. Em agosto de 2002, Lula, ainda candidato à Presidência da República, entregou uma carta ao presidente cessante, Fernando Henrique Cardoso (FHC), dizendo que era urgente “gerar um elevado superávit comercial, fundado no aumento expressivo das exportações, de modo a diminuir a vulnerabilidade do país com relação à volátil liquidez internacional”. “Isso requer, de imediato, uma ampla ofensiva diplomática, que mobilize todas as embaixadas e consulados brasileiros para apoiar o esforço exportador do Brasil”, afirmava o documento. 

Na sua posse, Lula disse que, “em relação à Alca, nos entendimentos entre o Mercosul e a União Europeia, na Organização Mundial do Comércio (OMC) o Brasil combaterá o protecionismo, lutará pela sua eliminação e tratará de obter regras mais justas e adequadas à nossa condição de país em desenvolvimento”. Lula afirmou ainda que a grande prioridade da política externa do seu governo seria “a construção de uma América do Sul politicamente estável, próspera e unida, com base em ideais democráticos e de justiça social”. 

O discurso reforçou a lógica política das relações internacionais que o Brasil adotaria. “Visamos não só a explorar os benefícios potenciais de um maior intercâmbio econômico e de uma presença maior do Brasil no mercado internacional, mas também a estimular os incipientes elementos de multipolaridade da vida internacional contemporânea. A democratização das relações internacionais sem hegemonias de qualquer espécie é tão importante para o futuro da humanidade quanto a consolidação e o desenvolvimento da democracia no interior de cada Estado”, disse o presidente.

Quando a nova política externa chegou, o Brasil mostrou como desataria o nó da política comercial, responsável por seguidos déficits desde a implantação do “Plano Real”: o governo saiu pelo mundo, disputando terreno em vários mercados. Assim o Brasil ajudou a despachar a onda neoliberal na região, despertando rugidos e expressões de pesar na direita. Surgiram, no lugar, esforços unitários que resultaram na Unasul, na Celac, no fortalecimento do Mercosul. Num âmbito maior, emergiu também a força do Brasil nos BRICS. 

Agora, no debate eleitoral, esse tema deve estar presente como prioridade para uma eventual volta de um governo progressista. Política exterior também é política pública, por sua influência nos mecanismos do Estado para a promoção do desenvolvimento do país. Exerce influência na dinâmica econômica, na política macroeconômica e nas relações diplomáticas. Lula, por exemplo, assim que chegou ao Palácio do Planalto colocou boa parte do aparato do Estado trabalhando para o aumento das exportações. E, até o golpe de 2016, a política externa procurou desenvolver uma estratégia multipolar de afirmação da sua soberania.

A restauração da ordem pré-2002, com a roupagem ultraliberal e neocolonial do golpe, reconectou os fios da política externa brasileira à velha obediência aos ditames de Washington. O Ministério das Relações Exteriores, devolvido aos tucanos, foi imediatamente recolocado à disposição da diplomacia norte-americana, gesto que ficou demonstrado pela subserviência do plenipotenciário de José Serra — o então chanceler do golpe e arquiteto da entrega do pré-sal —, Aloysio Nunes Ferreira (atual ministro da pasta), que visitou os Estados Unidos para anunciar ao mundo que a fraude do impeachment da presidenta Dilma Rousseff não foi golpe.

Os novos donos do poder também se apressaram em restaurar o espírito antipatriótico da direita, fazendo o país sentir, em curto espaço de tempo, os efeitos do entreguismo e da desnacionalização, cujos maiores símbolos são a entrega do pré-sal e o processo de perde de controle do país sobre a Embraer. Essa nova ordem diplomática rompe, inclusive, com a histórica tradição de soberania da política externa brasileira. Esse é um ponto decisivo da proposta de governo que preza a soberania e a independência do país como valores inegociáveis. 

Fonte: Portal Vermelho