Durante
reunião da Diretoria da CONTAG nesta terça-feira (16), ficou definida a
participação da nossa Confederação no Comitê Popular Nacional em Defesa de Lula
e nos diversos atos que estão sendo organizados pelo País, bem como acompanhar
diretamente de Porto Alegre/RS, no dia 24 de janeiro, o julgamento do
ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva no Tribunal Regional Federal da 4ª
Região (TRF4).
A
Diretoria da CONTAG orienta que as Federações também participem dos comitês
locais e que os(as) presidentes(as) ou outro representante das Federações
participem conosco da vigília e de outros atos em Porto Alegre.
Precisamos
entender que Lula foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) como
proprietário “de fato” de um imóvel oriundo de dinheiro de propina de contratos
da Petrobras com a empresa OAS. A decisão dos embargos reconheceu inexistirem
provas de propina OAS/Petrobrás destinada a Lula (Ação Penal nº
5046512-94.2016.4.04.7000/PR, Despacho/Decisão Embargos, pag. 06, item 3.g., 3º
parágrafo) e, mesmo assim, o juiz de 1º grau condenou o ex-presidente com base
em uma delação premiada, contra a própria denúncia do MPF e contra a prova dos
autos, afirmando que Lula é proprietário de um imóvel que está registrado em
nome da OAS e que está hipotecado a um grande banco como garantia de
empréstimos da própria OAS.
Mesmo
diante desse cenário, de forma inédita, o recurso da defesa avançou para
julgamento rapidamente (cinco meses após a sentença), com claro objetivo
político de acelerar a tramitação do processo para retirar Lula da disputa
eleitoral de 2018 e interferir nas eleições. O próprio juiz revisor do recurso
– desembargador Leandro Paulsen - concluiu seu voto em apenas seis dias, após
“analisar” mais de 250 mil páginas que integram os autos, o que é humanamente
impossível dentro desse prazo. Isso só demonstra que o seu voto já estava
pronto, e que já estava com a sua decisão formada. Nesse cenário, precisamos
nos mobilizar contra esse julgamento de exceção, caracterizado como um
verdadeiro ataque à democracia e que fere o direito de todo cidadão e cidadã ao
justo e isento processo judicial, ao direito de defesa e ao juízo natural,
isento e imparcial.
Portanto, o julgamento do Lula é uma continuidade do golpe, com claro
ataque à democracia, iniciado com o impeachment da presidenta Dilma, com a
criminalização dos movimentos sociais e com os desmontes comandados por este
governo ilegítimo.
CONTAG
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