No Dia do Trabalhador e da Trabalhadora Rural, 25 de maio, a
Esplanada dos Ministérios foi ocupada logo cedo pelas pessoas que produzem os
alimentos que chegam à mesa da população brasileira, em um dia de luta e
resistência. As principais reivindicações são a garantia dos R$ 32 bilhões ao
Pronaf, recriação do MDA, garantias para a Assistência Técnica, assegurar
contratação das 100 mil unidades de Habitação Rural, a melhoria de acesso aos
créditos com juros menores, a garantia da retomada da Reforma Agrária, contra a
votação do Pacote do Veneno, contra a venda das terras para os estrangeiros,
contra a privatização da Eletrobras, entre outras demandas.
O objetivo era realizar um grande ato em frente ao Ministério da
Fazenda, no entanto, o governo ilegítimo de Michel Temer, na tentativa de calar
o povo, não autorizou a permanência dos manifestantes na Esplanada, mas não
impediu a linda marcha nesta manhã na capital federal. Do Ministério da
Fazenda, o ato seguiu até o Teatro Nacional.
No estacionamento do Teatro, os trabalhadores e trabalhadoras
rurais fizeram uma grande ciranda para encerrar as atividades dos dois
acampamentos coordenados pela CONTAG em Brasília nesta semana: Acampamento do
5º Encontro Nacional de Formação (5º ENAFOR) Lula Livre e Acampamento da
Reforma Agrária e Agricultura Familiar.
O secretário de Formação da CONTAG, Carlos Augusto Silva (Guto),
fez uma avaliação bastante positiva e pontuou alguns compromissos construídos
durante a semana no Acampamento 5º ENAFOR Lula Livre. “O 5º ENAFOR reafirmou a
importância de se fazer formação política, popular e de base e, inclusive, como
instrumento de resistência e transformação”.
O secretário de Política Agrícola da CONTAG, Antoninho Rovaris,
também avaliou a agenda de resistências e negociações durante a semana. “Não
são muitos, mas estamos esperando alguns avanços para o dia 6 de junho, quando será
lançado o Plano Safra da Agricultura Familiar. Esperamos ter as nossas demandas
atendidas no anúncio do governo.”
Já o secretário de Política Agrária da CONTAG, Elias Borges, não
fez uma avaliação tão positiva assim. “Pedimos R$ 500 milhões para a reforma
agrária e o governo não acenou para o atendimento desse montante. O governo
disse que tem dinheiro para titulação e infraestrutura, mas nada para obtenção
de terras”. No entanto, o dirigente destacou um momento nas negociações: “Foi
histórico, um marco para a CONTAG, se reunir ontem (24) com o TCU (Tribunal de
Contas da União) para discutir a reforma agrária”.
O presidente da CONTAG, Aristides Santos, encerrou o ato com uma fala de agradecimento a todos e todas que vieram de todo o País para as duas agendas de resistência, formação e negociação. “Vamos continuar na luta, nas ruas e nas urnas. Vamos continuar firmes, resistentes! Viva os Sindicatos, as Federações, a CONTAG, a CUT e a CTB! Viva a luta do povo brasileiro!
FONTE: Assessoria de Comunicação da CO
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