O Brasil aprovou o Plano Nacional de Educação
(PNE) em 2014 e assumiu algumas metas. Uma delas, a meta 9, que trata da
redução e erradicação do analfabetismo, não está sendo atingida. Segundo
dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) de 2017,
divulgados na manhã desta sexta-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), em 2015, o Brasil deveria ter até 6,5% da
população com 15 anos ou mais sem saber ler ou escrever um bilhete simples.
Porém, naquele ano, essa taxa foi de 7,7%. Em 2016, ela baixou para 7,2% e,
no ano passado, segundo os dados recém-divulgados, ela caiu menos, para 7%, e
ainda segue acima da meta. O PNE prevê, ainda, que o Brasil erradique o
analfabetismo até 2024.
O percentual indica que há 11,5 milhões de
analfabetos no País e a CONTAG recebe com preocupação a divulgação do não
cumprimento desta meta. “Percebemos claramente que a desigualdade persiste no
Brasil. E os dados mostram que a concentração do analfabetismo é maior nas
regiões Norte e Nordeste, principalmente no grupo de pessoas com 60 anos de
idade ou mais e entre as pessoas que se declaram pretas ou pardas”, destaca a
secretária de Políticas Sociais da CONTAG, Edjane Rodrigues.
Para a dirigente, o não cumprimento da meta já é
impacto da aprovação da Emenda Constitucional 95, que congelou por 20 anos os
investimentos em educação e saúde. “Educação é um direito fundamental. É
preciso investimento para que todos e todas tenham acesso à educação pública
e de qualidade. A CONTAG continuará sua luta por esta importante política,
com uma proposta específica para o campo e para a cidade”, explicou.
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