terça-feira, 28 de julho de 2020

Agropecuária tem o melhor desempenho em geração de empregos no ano

agricultura-familiar (Foto: MDA/Divulgação)
Agricultura foi exceção entre os principais setores da economia, com saldo positivo de empregos formais (Foto: MDA/Divulgação)

Setor encerrou o primeiro semestre com saldo positivo de 62 mil vagas

REDAÇÃO GLOBO RURAL
A agropecuária brasileira encerrou o primeiro semestre do ano com a geração de 62.633 empregos com carteira assinada. O número integra o mercado de trabalho nas áreas de agricultura, pecuária, produção florestal e pesca e aquicultura.
Entre janeiro e junho deste ano, foram 437.999 admissões e 375.366 demissões, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia.
Foi o melhor desempenho na primeira metade do ano entre todos os setores da economia, em meio ao cenário de retração provocado pela pandemia de coronavírus. Quem perdeu mais empregos formais no primeiro semestre foi o segmento de serviços, com 3.034.508 contratações, 3.542.216 demissões e saldo negativo de 507.708.
Depois, aparecem comércio, com -474.511 vagas (1.459.818 contratações e 1.934.329 demissões), indústria geral, com -246.593 (1.093.371 admissões e 1.339.964 dispensas) e construção, com -32.092 (692.580 contratados e 724.672 demitidos).
Entre os segmentos que compõem cada setor analisado pelo Ministério da Economia, alguns tiveram destaques positivos. Agrupada em serviços, a administração pública registrou saldo positivo de 70.293 vagas. No mesmo grupo, os serviços domésticos tiveram cinco contratações a mais que demissões. E no setor de indústria, o segmento estrativista resgitrou saldo positivo de 633 vagas.
No agregado de todos os setores da economia contabilizados pelo Caged, o Brasil encerrou o primeiro semestre com perda de 1.198.363 vagas com carteira assinada. Ao todo, foram 6.178.276 de contratações e 7.916.639 de demissões.

Resultado de junho

Considerando só o mês de junho, a agropecuária também foi o setor que mais gerou empregos formais no Brasil. Foram 36.836 vagas (83.241 contratações e 46.405 demissões). O mês passado foi o melhor no mercado de trabalho no setor neste ano, seguido por janeiro (16.666 vagas), maio (15.995) e fevereiro (5.524). Já em março (-7.171) e abril (-5.217), houve mais demissões do que contratações na agropecuária brasileira.
“A agropecuária foi o setor com o melhor desempenho, com a abertura de 36.836 novas vagas, seguido pela construção civil que registrou um saldo positivo de 17.270 postos de trabalho. Comércio e serviços registram saldos negativos com o fechamento de 16.646 e 44.891 vagas, respectivamente”, diz o comunicado do Ministério da Economia.
No resultado geral do mês passado, considerando todos os setores da economia contabilizados pelo Caged, o Brasil perdeu 10.984 postos de trabalho com carteira assinada. Ainda assim, de acordo com o governo, o número indica uma melhora do mercado de trabalho, já que as admissões foram 24% maiores e as demissões 16% menores quando comparados com o registrado em maio, quando o saldo negativo tinha sido de 350.303 empregos.

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