quarta-feira, 16 de outubro de 2019

SEMINÁRIO E ENCONTRO Educação Popular e Educação do Campo como ferramentas fundamentais de resistência

O historiador Fernando Horta realiza análise de conjuntura.

“Esperançar é se levantar. Esperançar é ir atrás. Esperançar é construir. Esperançar é não desistir. Esperançar é levar adiante. Esperançar é juntar-se com outros para fazer de outro modo”
Paulo Freire.

“Esperançar” é o verbo que predomina entre os 100 participantes de dois importantes eventos sobre educação do campo e educação popular que se realizam simultaneamente na CONTAG de hoje (15) até a quinta-feira (17): o Seminário Nacional: a educação do campo e o desenvolvimento rural e o Encontro Nacional de construção coletiva do conhecimento e os movimentos sociais.
 
“A educação popular tem sua origem em um momento político muito parecido com o que vivemos hoje. Ela é consequência de uma série de governos autoritários que criminalizava organizações sociais e sindicais. Seu objetivo sempre foi fazer o confronto de ideias e o debate de um novo modelo de sociedade. Como Escola Nacional de Formação da CONTAG, temos a obrigação de resgatar esses princípios e retomar o trabalho de base, mergulhando na história com novas perspectivas”, refletiu o secretário de Formação e Organização Sindical da CONTAG, Carlos Augusto Silva, o Guto.
 
De acordo com a secretária de Políticas Sociais da CONTAG, Edjane Rodrigues, as fortes mobilizações em defesa da educação pública demonstram que ela é fundamental para o enfrentamento a todos os ataques que a sociedade brasileira, especialmente as populações do campo, floresta e águas, tem sofrido na democracia, em seus direitos e em suas políticas públicas de educação, saúde e desenvolvimento sustentável. “A democracia é feita na rua, na conversa e nos processos de formação. É dessa forma que semeamos a esperança de retomar nosso País. Paulo Freire vive!”, afirmou Edjane Rodrigues.

Pesquisas, campanha e Carta-Manifesto

Depois de um bonito momento inicial de apresentação e integração dos(as) participantes, o historiador Fernando Horta realizou uma análise sobre como a conjuntura atual tem afetado a vida das populações do campo da floresta e das águas. Para ele, é preciso continuar o processo diário de resistência, porque o caminho contra o fascismo é longo, mas que há esperança. “Em nove meses, o governo Bolsonaro, que se elegeu com muita força, está se desmontando. O povo está vendo os filhos do presidente envolvidos com corrupção, estão vendo que a economia não está melhorando, como foi prometido. A cada vez que Bolsonaro fala, ele se enfraquece”, refletiu Fernando Horta.
 
Durante as duas atividades serão apresentadas pesquisas realizadas sobre a atuação da CONTAG nas áreas da Educação do Campo, Sindicalismos e desenvolvimento rural, com ênfase na Educação do Campo, Questão Agrária, e Sujeitos Políticos. O objetivo é refletir como os resultados dessas pesquisas podem orientar a atuação de Sindicatos, Federações e CONTAG e os processos de formação política, nos respectivos temas. 

Além disso, será apresentada a Campanha Latino-Americana e Caribenha em Defesa do Legado de Paulo Freire e elaborada uma Carta-Manifesto que reafirme a importância da Educação do Campo para o Movimento Sindical e problematize a situação das escolas do campo e das políticas educacionais, com recomendações político-metodológicas para a atuação do Movimento e da Frente Parlamentar de Educação do Campo. 
Fonte:: Assessoria de Comunicação CONTAG - Lívia Barreto

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