domingo, 27 de outubro de 2019

Valorizar o trabalho e a produção é o caminho para o desenvolvimento nacional

Por Adilson Araújo, presidente da CTB
A questão do desenvolvimento nacional tem grande relevância para a nação brasileira. As concepções dos trabalhadores sobre o tema foram esboçadas na 2ª Conferência Nacional da Classe Trabalhadora, em 2010, que aprovou a Agenda da Classe Trabalhadora pelo Desenvolvimento Nacional com soberania, democracia e valorização do trabalho.
São três valores essenciais, e ao mesmo tempo pressupostos, do desenvolvimento, que tem no crescimento das forças produtivas, e em particular da produtividade do trabalho, um fundamento que não pode ser negligenciado e que tem de ser harmonizado com o respeito ao meio ambiente.
A questão é vasta, abarca um conjunto muito amplo de áreas e assuntos (cultura, segurança, Forças Armadas, Judiciário, índios, ciência, pacto federativo, etc) e ainda requer muitos estudos e debates.
Farei referência aqui a algumas questões que me parecem fundamentais do ponto de vista da classe trabalhadora.
Crescimento da economia
A crise do desenvolvimento nacional não começou ontem, acumula décadas. Durante um bom tempo, entre os anos 30 e início dos anos 80 do século passado, o PIB do Brasil cresceu em média 7,3% ao ano. O período correspondeu à fase de industrialização do país. Após a crise da dívida externa, iniciada em 1981, a taxa de crescimento da economia desabou para 2,2% em média (desde então até hoje), acompanhando a queda da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, o conceito do IBGE para taxa de investimento), que situou-se em torno de 23% do PIB durante a década de 1970, recuando em seguida e descendo a 15,5% na média dos últimos quatro anos.
É importante levar em conta este dado porque o crescimento da economia é diretamente proporcional ao volume de investimentos, principalmente (mas não só) em capital fixo. Quando a taxa de investimentos cresce a economia avança em medida proporcional; e vice-versa, se a taxa de investimentos declina e permanece num patamar baixo, como é o caso em tela, o PIB também desacelera ou resvala para o terreno negativo da recessão.
Pois é precisamente a substancial redução da taxa de crescimento do PIB a partir de 1981 que caracteriza o que podemos considerar como crise do desenvolvimento nacional. É possível percebê-la como uma decorrência natural da evolução do capitalismo brasileiro, em consonância com a conjuntura internacional, o que não deixa de ter uma dose de verdade. Mas ela decorre, igualmente, e em larga medida, das escolhas e políticas econômicas adotadas pelos governos desde a crise da dívida externa. Isto fica ainda mais claro se considerarmos a experiência de outros países, notadamente da China, Índia e outras nações asiáticas, que estavam em posição inferior à do Brasil nos anos 1980.
Os economistas em geral atribuem o robusto crescimento da fase de industrialização ao tripé Estado, capital privado nacional e capital estrangeiro, com o Estado regendo a orquestra dos investimentos e promovendo o planejamento do desenvolvimento desde o Plano de Metas de JK até os planos nacionais de desenvolvimento do regime militar.
O que se viu desde 1981, quando o crédito externo secou e o general João Figueredo entregou o comando da economia brasileira ao Fundo Monetário Internacional (FMI), foi uma lenta, gradual e segura retirada do Estado do cenário econômico, com altos e baixos de acordo com a inclinação ideológica dos governos. O advento do neoliberalismo, na última década do século 20, acelerou este processo. De modo que ficamos, já há algumas décadas, sem a base principal do tripé.
O planejamento foi abandonado, assim como a própria ideia (e objetivo) de desenvolvimento nacional. O “projeto” hegemônico advoga o Estado mínimo, com a economia entregue às livres forças do mercado, ou do Capital. Os governos Lula e Dilma interromperam e em certa medida contrariaram este projeto, mas não chegaram ao ponto de revertê-lo. O golpe de 2016, travestido de impeachment, veio para restaurá-lo.
Estado, soberania e indústria
Penso, ao lado de outros observadores, que resgatar o papel do Estado, fortalecer as empresas públicas e a indústria nacional, ampliando os investimentos governamentais são iniciativas necessárias para alavancar um novo projeto nacional de desenvolvimento, promover a recuperação da economia e garantir taxas mais altas de crescimento. A orientação do atual governo vai na contramão deste pensamento. 
Voltando aos valores fundamentais que orientam a agenda da Conclat, a soberania nacional é uma condição para o desenvolvimento. No atual contexto histórico, a defesa da soberania supõe o fortalecimento da Petrobras e a interrupção da política entreguista em relação ao pré-sal e a empresas estratégicas. Requer investimento na integração dos países latino-americanos e caribenhos, o engajamento em grandes projetos conjuntos de infraestrutura na região, a reorientação da política externa, a valorização do Brics e da Celac.
É preciso trabalhar para reverter o processo de desindustrialização do país, que também vem dos anos 80 do século passado como desdobramento da crise do desenvolvimento nacional. A necessidade de uma política industrial – orientada principalmente para o domínio e desenvolvimento da chamada Indústria 4.0, que exige altos investimentos em Ciência e Tecnologia e Inovação – foi relegada pelos governos e deve ser resgatada e priorizada.
A indústria segue sendo o carro chefe do desenvolvimento nacional no século 21 e dede sempre uma indústria forte tornou-se condição para a soberania das nações. A reindustrialização da economia nacional é, portanto, essencial e um conjunto de iniciativas, incluindo o resgate e aperfeiçoamento da política de conteúdo local, pode e deve ser tomado nesta direção.
A retomada do crescimento econômico é fundamental e demanda a mobilização da sociedade civil e do Estado. Trata-se de um anseio dos trabalhadores e também dos empresários ligados ao setor produtivo, uma vez que o único ramo cujos lucros crescem no ambiente pantanoso da estagnação é o financeiro. É preciso unir esforços na luta pelo desenvolvimento com ênfase na reindustrialização da economia. 
A valorização do trabalho
O neoliberalismo, traduzindo os interesses do Capital, aponta a depreciação do trabalho como caminho para superar os dilemas econômicos que dilaceram a sociedade e recuperar a capacidade de crescimento.
Impõem, com isto, reformas trabalhistas e previdenciárias regressivas, o arrocho dos salários, aumento da jornada de trabalho e corte de direitos.
A experiência revela, porém, que essas receitas são contraproducentes, pois agravam a crise e não fortalecem a economia, pelo contrário deprimem o mercado interno e elevam a concentração de renda e as desigualdades sociais a um grau explosivo, conforme sugere a sublevação popular no Chile. O balanço de dois anos da reforma trabalhista, congelamento dos gastos públicos e terceirização irrestrita, não indica outra coisa.
A 2ª Conclat, em contraposição ao pensamento hoje dominante, enxerga na valorização do trabalho não só o caminho para propiciar uma vida digna ao povo brasileiro, como também uma fonte de desenvolvimento, um estímulo ao crescimento da produtividade do trabalho, ao fortalecimento do mercado interno e, por tudo isto, à expansão do PIB e da renda per capita.
Entre as medidas de valorização de trabalho que me parecem indispensáveis para fazer frente à crise, contribuir para a recuperação da economia e a expansão da produtividade e do PIB, cabe numerar:
Um programa emergencial de combate ao desemprego e restauração das condições para a retomada do crescimento;
Políticas de reindustrialização e resgate do conteúdo local;
A Redução da Jornada de Trabalho para 40 horas semanais, que contribui para a redução da taxa de desemprego e a amenização das consequências sociais negativas da crescente automação do processo produtivo;
Ampliar os investimentos na qualificação e requalificação dos trabalhadores e trabalhadoras;
Reversão ou revogação dos aspectos negativos das reformas trabalhistas e da Previdência, bem como da Lei Lei nº 13.429, que permitiu a terceirização da atividade-fim;
Renovação da política de valorização do Salário Mínimo;
Reforma agrária e fortalecimento da agricultura familiar;
Estímulo à formalização do mercado de trabalho, combate à informalidade, rotatividade, trabalho análogo ao escravo e eliminação do trabalho infantil;
Aumento substancial das verbas para Educação, enfatizando a valorização dos profissionais do ramo e a evolução da Ciência, bem como da Saúde (SUS) e Habitação; estabelecer metas de elevação do nível de escolaridade, formação e qualificação da classe trabalhadora;
Elevação dos investimentos públicos, sobretudo em infraestrutura;
Programas para o fortalecimento da cultura nacional; respeito ao meio ambiente; combate ao desmatamento e às queimadas na Amazônia.
Obviamente esses são apenas alguns pontos sobre a questão, que é bem mais ampla. Outras sugestões relevantes estão contidas na Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora elaborada pelas centrais sindicais. 
Democracia e política
A defesa da democracia com efetiva participação popular é outro ponto essencial do projeto das centrais.
A história brasileira ensina que o autoritarismo, no passado e no presente, serve exclusivamente aos interesses das classes dominantes, ao passo que sufoca e reprime os legítimos representantes do povo. A defesa das liberdades e do Estado Democrático de Direito assume importância ímpar na atual conjuntura brasileira, carregada de obscurantismo, ameaças e incertezas.
O pressuposto número 1 para viabilizar um novo projeto nacional de desenvolvimento é a mudança da atual política econômica, com a imediata revogação do congelamento das despesas públicas, a realização de uma reforma tributária progressiva, a reestruturação da dívida pública, a administração do câmbio e o controle do fluxo de capitais, o fim das privatizações e o fortalecimento das empresas públicas, o aumento das verbas para Educação, Ciência e Tecnologia, entre outras coisas.
É necessário destacar os problemas econômicos porque, conforme notou Celso Furtado, no livro Desenvolvimento e subdesenvolvimento, “dificilmente se poderia conceber” o desenvolvimento nacional “sem elevação da renda real per capita”, o que por seu turno é impossível sem o crescimento do PIB e da produtividade do trabalho.
Todavia, não vamos encontrar solução para a crise do desenvolvimento nacional no mercado ou na economia. A saída está na esfera política.
Em primeiro lugar é preciso lutar para barrar e reverter a trajetória de retrocesso imposta ao país desde o golpe de Estado de 2016, acelerada agora pelo governo de extrema direita liderado por Bolsonaro, que leva a cabo uma política entreguista, aprofunda a desindustrialização, atropela direitos e conquistas do nosso povo, enaltece a tortura, a censura e constitui uma séria ameaça à nossa já combalida e frágil democracia.
Nossa primeira tarefa é construir uma ampla frente social e política em defesa da democracia, da soberania, dos direitos sociais, do desenvolvimento e do meio ambiente.
Só com a mudança da correlação de forças, do cenário político e do governo, estaremos em condições de viabilizar um novo projeto nacional de desenvolvimento consonante com os anseios e interesses maiores do povo brasileiro. UMA FRENTE EM DEFESA DA PRODUÇÃO E DO TRABALHO.
O ser humano é a um só tempo sujeito e objeto do desenvolvimento da civilização, que se identifica em nossos dias com o desenvolvimento das nações. Por consequência, o desenvolvimento deve servir ao conjunto da sociedade e não uma classe minoritária de bilionários.
A raiz da crise e do mal-estar que infesta o nosso tempo é a escandalosa concentração de renda, irmã gêmea da centralização do capital, que alcançou patamar histórico inédito com o neoliberalismo e promoveu a atual tendência de estagnação econômica. Urge encontrar um novo caminho para melhor harmonizar as relações sociais, valorizar o trabalho e a produção para abrir novos horizontes ao desenvolvimento nacional.
Portal da CTB NACIONAL

MPT lança em Campinas Fórum pela Promoção da Liberdade Sindical

No evento, o coordenador nacional da Conalis (Coordenadoria Nacional de Promoção da Liberdade Sindical), procurador Ronaldo Lima dos Santos, realizou uma exposição sobre o tema ““Dilemas do sindicalismo: reforma trabalhista e contexto atual”.

O Fórum é um espaço criado para constante diálogo entre a comissão composta pelas centrais sindicais e o Ministério Público do Trabalho da 15ª Região. O objetivo é debater questões como liberdade sindical, negociação coletiva, custeio sindical, conduta de discriminação antissindical, tutela coletiva e medidas promocionais do movimento sindical junto ao MPT, em contraposição às medidas constantes do projeto de reforma sindical apresentado pelo Governo Federal.

“Nos somamos em defesa da unicidade sindical, prevista no artigo 8º da Constituição Federal – proteção legal que fortalece a luta trabalhista, a atuação do movimento dos trabalhadores e impede a fragmentação dos sindicatos”, afirmou o presidente da CTB/SP no lançamento.

A CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) convidou o público que presenciou o evento para o ato nacional em defesa dos direitos, das entidades sindicais e da justiça do trabalho que será realizado no Sindicato dos Metroviários de São Paulo no dia 4 de novembro, na cidade de São Paulo.

Fonte: Portal da CTB

sexta-feira, 25 de outubro de 2019

AGRICULTURA FAMILIAR IBGE lança hoje dados completos do Censo Agropecuário 2017»

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançou na manhã de hoje (25) os números completos do Censo Agropecuário 2017, no Palácio Iguaçu, em Curitiba (PR). Entre os destaques está a informação de que entre 2006, data do censo anterior, e 2017, a agricultura familiar perdeu 9,5% dos estabelecimentos. Os dados também mostram que, com aumento da mecanização, a agropecuária perdeu nestes 11 anos 1,5 milhão de trabalhadores(as) e o número de estabelecimentos que utilizam agrotóxicos subiu 20%.
O presidente da CONTAG, Aristides Santos, participou da cerimônia de lançamento, assim como integrantes da diretoria da FETAEP, como o presidente da federação, Marcos Brambilla. Para Aristides, será fundamental fazer uma análise aprofundada das informações divulgadas hoje para que o Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais e os governos possam direcionar melhor suas ações em relação à agricultura familiar brasileira.

"O Censo Agropecuário é um ferramenta importante para formular políticas públicas e identificar os desafios da nossa base, como o aspecto do envelhecimento, os dados sobre a sucessão rural e também a presença das mulheres na produção agrícola e na gestão da propriedade, que é um dado novo de grande importância e precisa ser analisado com atenção. É de grande importância termos dados mais atualizados para melhorar a ação direcionada para a agricultura familiar", afirmou Aristides Santos.

PARCERIA COM A CONTAG

O IBGE também enviou hoje para a CONTAG tabelas referentes a informações específicas sobre a agricultura familiar, especialmente elaborados sob demanda de nossa confederação, em atendimento ao acordo firmado entre a CONTAG e o IBGE, há dois anos, em 31 de outubro de 2017.

A parceria entre CONTAG e o IBGE foi muito importante para a realização do Censo Agropecuário 2017. Com as dificuldades enfrentadas para a realização deste censo, desde a falta de orçamento e críticas na primeira versão do questionário, a CONTAG se empenhou na garantia de orçamento via emenda parlamentar com a Frente Parlamentar da Agricultura Familiar para viabilizar a pesquisa. Além disso, colaborou para o aprimoramento do questionário e no incentivo para que os(as) agricultores(as) familiares recebessem bem os recenseadores e fornecessem respostas exatas para garantir um bom resultado. A CONTAG também comprometeu-se a divulgar o Censo Agropecuário 2017, que visitou mais de 5 milhões de estabelecimentos em todo o País.

Veja aqui os resultados gerais do Censo Agropecuário 2017 e aguarde para a análise que realizaremos dos dados específicos da agricultura familiar.

FONTE: Asssessoria de Comunicação CONTAG - Lívia Barreto

PRESIDENTE DO STRAF DE NOVA CRUZ/RN PARTICIPOU ONTEM (24) DE REUNIÃO ORDINÁRIO DO CONSELHO DELIBERATIVO DA FETARN


Um público atento e consciente de sua luta!
PROGRAMAÇÃO

Ontem (24) em Natal o presidente do STRAF de Nova Cruz/RN, Edmilson Gomes da Silva, carinhosamente conhecido como "NEGÃO", juntamente com diretores/as participou da Reunião Ordinária do Conselho Deliberativo da FETARN, cuja principais objetivos foram sobre o PREVISÃO ORÇAMENTÁRIA, OFICINA DE BASE, SEMINÁRIO POLÍTICO, que ocorrerá dias 19 e 20 de fevereiro de 2020, entre outros importantes assuntos.

É bom lembrar que o STRAF de Nova Cruz além de ser um dos mais combate em defesa do homem do campo é também dinâmico na defesa dos direitos sociais de seus associados, buscando sempre uma aproximação com os mesmos.  Garantindo assim o fortalecimento do sindicato em momentos tão temerosos oriundos da política perversa do governo federal nas tentativas constantes de tiradas de direitos.

Os dirigentes do STFRAF também participaram, ente eles a guerreira DANIELE, tesoureira do sindicato.

Mas o STRAF, juntamente com os demais sindicatos junta-se a FETARN e a CONTAG para garantir os direitos conquistados com muita luta, garra e suor para hoje serem ameaçados por governo INIMIGO do HOMEM DO CAMPO, concluiu, Edmilson Silva.




sábado, 19 de outubro de 2019

FETARN participa do primeiro encontro estadual de educadores e educadoras da educação do campo

Foto: Daniele (centro) - tesoureira do STRAF de Nova Cruz/RN esteve presente

A Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Rio Grande do Norte - FETARN esteve participando nos dias 09, 10 e 11 de outubro de 2019, do Primeiro Encontro Estadual de Educadores e Educadoras da Educação do Campo. O encontro foi realizado pelo governo do estado do RN, através da Secretaria de Estado da Educação, da Cultura, do Esporte e Lazer - SEEC e o Núcleo de Educação e Diversidade do Campo - NECAD. Acompanharam o encontro pela FETARN a Secretária Estadual de Mulheres, Gabriela Evangelista; o Secretário de Política Agrícola Jocelino Dantas; a Diretora do Sindicato dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares de Nova Cruz e educadora popular pela Escola Nacional de Formação da CONTAG - ENFOC, Daniele Adelino e do educador popular, José Xavier da Câmara.

Estiveram na abertura oficial do evento a Secretária Adjunta da Educação, da Cultura, do Esporte e Lazer, professora Marcia Gurgel; a Coordenadora de Desenvolvimento Escolar - CODESE, professora Clauciane Pinheiro; a Chefe do NECAD, Maria Rosineide; professora Rute Regis, representando o Centro de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN; o Subsecretário de Estado, do Esporte e Lazer, Francisco Canindé de França e Vanúzia Macêdo, representando o Comitê Estadual de Educação do Campo. O encontro contou em seu encerramento da construção de um documento referencial de compromissos da política estadual de educação do campo que deverá ser compactuada e liderada pelo governo do estado do RN para os próximos anos, além contar com palestras reflexivas sobre educação campo e diversidade dentre elas uma com sociólogo, educador e professor emérito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Miguel Arroyo.

O encontro reuniu educadores populares dos movimentos sociais, movimento sindical, movimento indígena, movimento quilombola, educadores das escolas das Diretorias Regionais de Educação do Estado, de projetos de alfabetização de jovens e adultos, de escolas do campo espalhadas no estado e representantes de algumas secretarias municipais de educação dos municípios, além de educadores e técnicos da SEEC e do NECAD.

A FETARN tem a educação do campo como umas das suas principais bandeiras de luta e tem acompanhado alguns encaminhamentos dessa bandeira como membra do Comitê Estadual de Educação do Campo, instância de participação da SEEC.







Fonte: FETARN

4 coisas por trás das frutas

"MATÉRIA PARA NÃO ESQUECERMOS!" - Bolsonaro perde no STF por unanimidade, e demarcação de terras indígenas continua na FUNAI

Bolsonaro queria transferir, através da MP 886, a responsabilidade de demarcar das terras indígenas para o Ministério da Agricultura.

Na tarde de quinta feira (1º de agosto de 2019), o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu manter na Funai (Fundação Nacional do Índio) a atribuição para demarcar terras indígenas. No mês passado, o relator, Luís Roberto Barroso, se colocou contrário às medidas provisórias de Bolsonaro,  que transferiam as demarcações para o Ministério da Agricultura. A decisão de Barroso foi referendada por unanimidade pelos demais nove ministros do STF.

“O COMPORTAMENTO DO ATUAL PRESIDENTE DA REPÚBLICA, REVELADO NA REEDIÇÃO DE MEDIDA PROVISÓRIA CLARA E EXPRESSAMENTE REJEITADA PELO CONGRESSO NACIONAL, TRADUZ UMA CLARA, INACEITÁVEL TRANSGRESSÃO À AUTORIDADE SUPREMA DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL E REPRESENTA INADMISSÍVEL E PERIGOSA TRANSGRESSÃO AO PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA SEPARAÇÃO DE PODERES” (CELSO DE MELLO, MINISTRO DO STF).

Fonte: Jornalistas Livres
Adaptado pelo STRAF DE NOVA CRUZ/RN, 19/10/2019.

21º Festival Estadual da Juventude de Rondônia

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

EDUCAÇÃO DO CAMPO - Em Carta-manifesto e audiência pública o Movimento Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais aponta a importância da Educação Popular e da Educação do Campo para o desenvolvimento sustentável

Uma audiência pública sobre Educação Popular e Educação do Campo na Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados na manhã do dia 17 foi o encerramento dos dois eventos realizados simultaneamente nesses dias 15 a 17 de outubro na CONTAG. A audiência contou com a participação da secretária de Políticas Sociais da CONTAG, Edjane Rodrigues, do professor da Universidade de Brasília Rafael Villas Boas, e dos representantes do Fórum Nacional Popular de Educação, Heleno Araújo Filho, do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrário (INCRA), Fabrício Souza Dias, e da União Nacional das Escolas Famílias Agrícolas (EFA's), Joel Duarte Benisio.
Em sua apresentação, a secretária de Políticas Sociais da CONTAG, Edjane Rodrigues, falou sobre o desmonte da educação pública, “pois não tem como falar de educação do campo sem falar de educação pública”, afirmou. “O desmonte da educação é consequência da EM 95/2016. Essa emenda está comprometendo as metas do Plano Nacional de Educação do Campo, especialmente a meta nº 20, que prevê que, até 2024, 10% do PIB seja destinado para a educação. Atualmente estamos em 6%”, explicou a dirigente.

“Essa redução de orçamento é um sinal claro da falta a de compromisso desse governo coma educação. Sob justificativa de que nosso país precisa entrar nos trilhos, temos vivenciado dia a dia nessa casa medidas e reformas que fazem a gente se perguntar: que trilhos são esses? Trilho da miséria, do retrocesso, da pobreza, da exclusão, da desigualdade? Do ataque ao meio ambiente, de ver nosso povo adoecendo com depressão, suicídio? Que medidas são esses? Que projeto de desenvolvimento é esse que ataca a democracia? Que aponta a criminalização dos movimentos? Temos que conversar coma sociedade porque a democracia está sendo feita nas ruas. É pressionar, denunciar e nos contrapor a tudo o que esta acontecendo em nosso país, pregando esperança, conquistando as mentes e corações das pessoas”, argumentou Edjane Rodrigues.
 
O representante do INCRA Fabrício Dias apresentou diversos dados sobre o Pronera, um dos mais importantes programas de educação do campo do Brasil, que em 21 anos de existência formou mais de 190 mil estudantes em cursos que vão desde a alfabetização até a pós-graduação. Nessas mais de duas décadas, mais de mil municípios contemplados e mais de 100 instituições de ensino foram envolvidas na oferta de529 cursos. Mas todo esse avanço está comprometido pelo esvaziamento do orçamento do Pronera. De acordo com Fabricio Dias, a questão orçamentária começa a ser problema a partir em 2015. Foram quedas sucessivas no orçamento a partir de 2014, quando foram destinados R$ 35 milhões. Mas em 2015 foram R$ 33, em 2016, R$ 27 milhões, em 2017, R$ 12 milhões e em 2018, R$ 03 milhões. 

Avaliação

A secretária de Políticas Sociais da FETAG-AL, Rilda Alves, o encontro foi uma excelente oportunidade de construir o debate sobre a educação do campo e momento de pensar em realizar seminários estaduais. “A parceria entre as secretarias de Políticas Sociais e Formação e Organização Sindical foi muito boa e é interessante que o debate continue. A Audiência pública foi essencial para dar vez e voz na Câmara dos Deputados, que é a casa do povo e deve ter respeito pela educação do campo”, afirmou.

Para o secretário de Formação e Organização Sindical da FETAGRI-RR, Francisco das Chagas Barbosa (Martinho da Vila), o evento fortaleceu a luta ela educação no campo “e uma das primeiras providencias que devem ser tomadas quando esse grupo voltar para seus estados é pautar audiências públicas nas assembleias legislativas e câmaras municipais sobre a educação do campo. O povo precisa pressionar os parlamentares e também o governo”, reforçou.

Carta-Manifesto

Como resultado de dois dias intensos de reflexões e debates, os cerca de 100 participantes do Seminário Nacional: a educação do campo e o desenvolvimento rural e do Encontro Nacional de construção coletiva do conhecimento e os movimentos sociais elaboraram uma Carta-Manifesto em que expressam suas preocupações com a atual situação da Educação do Campo no Brasil e reiteram a importância e a força da educação popular e do legado de Paulo Freire para a sociedade brasileira. 

FONTE: Assessoria de Comunicação CONTAG - Lívia Barreto

Integrantes da Coordenação Ampliada da Marcha das Margaridas 2019 se reúnem para avaliar a grande ação das mulheres rurais

Foto: César Ramos
Avaliar e construir o balanço político de todo o processo de realização da Marcha das Margaridas 2019, assim como debater estratégias de atuação Pós-Marcha: esses foram os principais objetivos da reunião da Coordenação Ampliada da Marcha das Margaridas 2019 realizada de 16 a 18 de outubro, no Centro de Estudos Sindicais (Cesir) da CONTAG.
 
Em trabalhos em grupo e discussões em plenária, as mulheres integrantes da Coordenação Ampliada, ou seja, a Comissão Nacional de Mulheres da CONTAG e as representantes das entidades parceiras, analisaram profundamente o processo de mobilização, a comunicação, financiamento e infraestrutura, as atividades realizadas e o ato de rua. As mulheres também realizaram uma projeção de cenários, para a partir daí identificar frentes de atuação conjuntas, assim como as ações práticas que serão desenvolvidas a partir dessas discussões. 

A Comissão Nacional de Mulheres da CONTAG também debateu a pauta interna da Marcha das Margaridas e o fortalecimento da paridade no Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais. Para a secretária de Mulheres da CONTAG, Mazé Morais, esse foi um momento fundamental, “pois é preciso avaliar o que podemos fazer com a força política acumulada a partir da Marcha das Margaridas 2019”.

Fonte: Assessoria de Comunicação CONTAG - Lívia Barreto

quarta-feira, 16 de outubro de 2019

FORÇA E RESISTÊNCIA No Dia Internacional da Mulher Rural é preciso celebrar e fortalecer a luta pela igualdade de direitos

Foto: Rede Social Feminista
Antes do sol nascer, a maior parte das mulheres que vivem no campo, florestas e águas no Brasil e no mundo já estão de pé: para alimentar a família, alimentar os animais, tirar leite, recolher ovos, cuidar da horta, das plantações, ou lançar a rede nos mares e rios, catar mariscos, colher frutas, quebrar côcos, fazer farinha, cortar cana... E ainda cuidar das crianças, cuidar dos idosos, cuidar de si mesmas, cuidar da casa... tudo isso até bem depois do sol se pôr, todos os dias, sem descanso, sem ajuda dos maridos, muitas vezes sofrendo diversas violências. Mas milhares dessas mulheres ainda têm força e energia para lutar por um mundo melhor, se organizando e reivindicando os direitos fundamentais para uma vida digna.
Fotos: Alina Souza/Palácio Piratini e Proalimentos Ecuador

O Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais brasileiro, por exemplo, é composto por mais de 60% de mulheres. E elas conseguiram, com garra obstinada, fazer da CONTAG uma das únicas confederações no mundo onde a paridade de gêneros é obrigatória. Embora ainda existam muitos desafios sobre a representação feminina na luta sindical, a paridade é um passo importante na luta acirrada por direitos iguais para as mulheres, principalmente as rurais. 

A Marcha das Margaridas 2019 deixou claro que é preciso respeitar as mulheres do campo, florestas e águas. Cem mil mulheres de todos os estados brasileiros mostraram, em Brasília, a força de seu querer. Em um momento político de retirada de direitos, de aumento do feminicídio e de todos os tipos de violência contra a mulher, em que a retórica machista da elite brasileira ecoa nos discursos dos governantes, as mulheres rurais marcharam para mostrar sua resistência. E em todo o mundo, outras mulheres ouviram e se identificaram com a nossa luta.
Fotos: Olivier Asselin/FAO e Minkoh FAO/SFLP Project

No dia 15 de outubro, comemora-se o Dia Internacional das Mulheres Rurais, outro momento fundamental para refletirmos sobre a importância delas para o desenvolvimento sustentável não apenas do campo, mas de todo o planeta. Elas são guardiãs de conhecimentos tradicionais e de modos de produção fundamentais para a preservação e conservação do meio ambiente, e também de memórias e culturas. São elas as principais responsáveis por colocar em prática a agroecologia, que é uma maneira de produzir que respeita todos os elementos envolvidos na produção de alimentos, contribuindo para a saúde das pessoas e do planeta.

“Mesmo enfrentando tantos desafios e retrocessos, nós, mulheres rurais, não baixamos nossas cabeças. Não pensamos em desistir, não vamos recuar. A Marcha nos mostrou a força que temos. Somos resistência e nenhum governo vai nos intimidar. Seguiremos marchando, até que todas as mulheres sejam livres”, afirma a secretária de Mulheres da CONTAG, Mazé Morais.

Fotos: Rafaella Sabino e César Ramos

Fonte: CONTAG

4º ENDC - Pela liberdade de expressão e defesa da democracia!

Para debater os principais temas da área da comunicação, com ênfase na liberdade de expressão e defesa da democracia, está chegando aí o 4º Encontro Nacional pelo Direito à Comunicação (4ENDC), a ser realizado de 18 a 20 de outubro, na Faculdade Estácio de Sá (campus centro), na cidade de São Luís do Maranhão, com a presença de centenas de comunicadores(as), ativistas, pesquisadores(as) e trabalhadores(as) de várias categorias do campo e da cidade. 

“O 4ENDC será um grande momento e ato político em defesa da liberdade de expressão e da luta pela garantia da diversidade e pluralidade da comunicação. Nossa expectativa é discutirmos como a agenda da comunicação é central para traçarmos estratégias no enfrentamento ao autoritarismo e recuperarmos a democracia no nosso país”, afirma a coordenadora-geral do FNDC, Renata Mielle. 

O 4ENDC é organizado pelo Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), um espaço de construção coletiva composto pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (CONTAG) e por cerca de 500 organizações que se articulam para denunciar e combater a grave concentração econômica na mídia, a ausência de pluralidade política e de diversidade social e cultural nas fontes de informação, os obstáculos à consolidação da comunicação pública e cidadã e as inúmeras violações à liberdade de expressão. 

“A CONTAG, ao longo dos seus 55 anos de história sempre primou e defendeu a liberdade de expressão como um direito coletivo que deve ser assegurado às variadas vozes dos povos do campo, da floresta, das águas e das cidades, de forma que essas pessoas silenciadas pela mídia empresarial (hegemônica) possam manifestar livremente suas ideias sobre o que pensam e querem para o Brasil”, pontua o presidente da CONTAG, Aristides Santos.

Atualmente a CONTAG é uma das organizações que integram o Conselho Deliberativo do FNDC.  

Aristides aproveita para reforçar a importância do 4º ENDC. “O 4º ENDC é estratégico para reafirmarmos a unidade de ação das entidades sindicais e movimentos sociais pela democratização da comunicação e na defesa dos direitos dos(as) rurais e de toda a classe da trabalhadora à liberdade de expressão. Se inscreva e venha somar força na luta pela democratização da comunicação”.       

INSCRIÇÃO E PROGRAMAÇÃO - 4º ENDC
Confere aí a programação e faça sua inscrição para o 4º ENDC  AQUI 

PESQUISA: VOZES SILENCIADAS 

Por falar em cerceamento da liberdade de expressão, recentemente foi lançado pelo Coletivo Intervoze, organização que também compõe o FNDC, a pesquisa “Vozes Silenciadas: reforma da Previdência e Mídia”. No material publicado foram mapeadas quais as “vozes” escutadas sobre a reforma da Previdência foram amplificadas e quais foram silenciadas dentro do debate. Leia AQUI 

Fonte: Comunicação CONTAG- Barack Fernandes

SEMINÁRIO E ENCONTRO Educação Popular e Educação do Campo como ferramentas fundamentais de resistência

O historiador Fernando Horta realiza análise de conjuntura.

“Esperançar é se levantar. Esperançar é ir atrás. Esperançar é construir. Esperançar é não desistir. Esperançar é levar adiante. Esperançar é juntar-se com outros para fazer de outro modo”
Paulo Freire.

“Esperançar” é o verbo que predomina entre os 100 participantes de dois importantes eventos sobre educação do campo e educação popular que se realizam simultaneamente na CONTAG de hoje (15) até a quinta-feira (17): o Seminário Nacional: a educação do campo e o desenvolvimento rural e o Encontro Nacional de construção coletiva do conhecimento e os movimentos sociais.
 
“A educação popular tem sua origem em um momento político muito parecido com o que vivemos hoje. Ela é consequência de uma série de governos autoritários que criminalizava organizações sociais e sindicais. Seu objetivo sempre foi fazer o confronto de ideias e o debate de um novo modelo de sociedade. Como Escola Nacional de Formação da CONTAG, temos a obrigação de resgatar esses princípios e retomar o trabalho de base, mergulhando na história com novas perspectivas”, refletiu o secretário de Formação e Organização Sindical da CONTAG, Carlos Augusto Silva, o Guto.
 
De acordo com a secretária de Políticas Sociais da CONTAG, Edjane Rodrigues, as fortes mobilizações em defesa da educação pública demonstram que ela é fundamental para o enfrentamento a todos os ataques que a sociedade brasileira, especialmente as populações do campo, floresta e águas, tem sofrido na democracia, em seus direitos e em suas políticas públicas de educação, saúde e desenvolvimento sustentável. “A democracia é feita na rua, na conversa e nos processos de formação. É dessa forma que semeamos a esperança de retomar nosso País. Paulo Freire vive!”, afirmou Edjane Rodrigues.

Pesquisas, campanha e Carta-Manifesto

Depois de um bonito momento inicial de apresentação e integração dos(as) participantes, o historiador Fernando Horta realizou uma análise sobre como a conjuntura atual tem afetado a vida das populações do campo da floresta e das águas. Para ele, é preciso continuar o processo diário de resistência, porque o caminho contra o fascismo é longo, mas que há esperança. “Em nove meses, o governo Bolsonaro, que se elegeu com muita força, está se desmontando. O povo está vendo os filhos do presidente envolvidos com corrupção, estão vendo que a economia não está melhorando, como foi prometido. A cada vez que Bolsonaro fala, ele se enfraquece”, refletiu Fernando Horta.
 
Durante as duas atividades serão apresentadas pesquisas realizadas sobre a atuação da CONTAG nas áreas da Educação do Campo, Sindicalismos e desenvolvimento rural, com ênfase na Educação do Campo, Questão Agrária, e Sujeitos Políticos. O objetivo é refletir como os resultados dessas pesquisas podem orientar a atuação de Sindicatos, Federações e CONTAG e os processos de formação política, nos respectivos temas. 

Além disso, será apresentada a Campanha Latino-Americana e Caribenha em Defesa do Legado de Paulo Freire e elaborada uma Carta-Manifesto que reafirme a importância da Educação do Campo para o Movimento Sindical e problematize a situação das escolas do campo e das políticas educacionais, com recomendações político-metodológicas para a atuação do Movimento e da Frente Parlamentar de Educação do Campo. 
Fonte:: Assessoria de Comunicação CONTAG - Lívia Barreto

sábado, 12 de outubro de 2019

STRAF-NOVA CRUZ/RN OUTUBRO ROSA Já fez o autoexame das mamas? Câncer tem cura!

FOTO: Arte: Fabricio Martins

O câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, representando em torno de 25% de todos os cânceres que afetam o sexo feminino no País. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima para o ano de 2019 para o Brasil 59.700 novos casos de câncer de mama. E não há uma causa para a doença.

Segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), vários fatores podem aumentar o risco de desenvolver o câncer de mama, como fatores endócrinos/ história reprodutiva, comportamentais/ ambientais e genéticos/ hereditários.

O índice é maior em mulheres a partir dos 50 anos, mas nos últimos anos está aumentando a incidência em mulheres jovens. Hoje, de acordo com a SBM, está entre 4% e 5% dos casos envolvendo mulheres com menos de 35 anos.

“É por isso que o diagnóstico precoce e o início imediato do tratamento são fundamentais, pois o câncer tem cura”, destaca a secretária geral da CONTAG, Thaisa Daiane, que informa também que a CONTAG adere anualmente à campanha do Outubro Rosa, conscientizando as funcionárias e levando informações para as mulheres trabalhadoras rurais para que façam exames periodicamente.

A campanha do Outubro Rosa é mundial, iniciada nos Estados Unidos em 1990 e no Brasil em 2002. E a cada ano a campanha vai se popularizando e dá bons resultados. No entanto, mesmo ao longo desse tempo, podem ser identificados alguns desafios. Um deles é o acesso das mulheres a exames de diagnóstico e tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que precisa ser ampliado. A Lei 12.732, em vigor desde 2012, estabelece que o primeiro tratamento oncológico no SUS deve se iniciar no prazo máximo de 60 dias a partir da assinatura do laudo patológico ou em prazo menor, de acordo com a necessidade terapêutica do caso registrada no prontuário do paciente.

SINTOMAS

O principal sintoma do câncer de mama é o nódulo (caroço), fixo e geralmente indolor. Mas, fique atenta a outros: pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja; alterações no mamilo; secreção anormal; nódulo na axila ou no pescoço.

“Portanto, câncer tem cura! Entre de peito nessa luta! Fique atenta a alguns sinais, faça o autoexame mensalmente. Caso identifique um desses sintomas, procure imediatamente um(a) médico(a) para solicitar exames para um diagnóstico mais preciso”, alerta Thaisa Daiane.

Além da realização do autoexame, de consultas e exames periódicos, a SBM recomenda a adoção de hábitos saudáveis de vida, com prática regular de exercícios, alimentação equilibrada e combate à obesidade.

FONTE: Assessoria de Comunicação da CONTAG - Verônica Tozzi

XII CEAS/RN REALIZADA EM NATAL FOI O MÁXIMO! CONFIRAM

 União do Grupo 3 de debates fizeram com que aprovassem na Plenária Final a maioria de suas propostas aprovadas no grupo!
 Grupo 3 atentos para as defesas de suas propostas na Plenária Final
Governadora FÁTIMA BEZERRA prestigiou a Abertura da Conferência dando todo o incentivo para que a mesma atinja seus objetivos rumo a Brasília e aproveitou para falar um pouco das ações do Estado e outras ações que serão executadas logo no inicio do ano de 2020, voltadas em sua maioria para a Educação, Saúde e Assistência Social.
Aprovação do regimento interno
 Oratória dos representantes da Mesa Oficial - Abertura


 Imagens da linda Praia de Ponta Negra nas primeiras horas da manhã do dia 11/10
Grupo 3 de debates sai fortalecido e unido rumo as lutas e defesa das políticas públicas voltadas para a Assistência Social

Eduardo Vasconcelos*

A XII Conferência Estadual de Assistência Social do RN, realizada nos dias 10 e 11 de outubro na Escola de Governo em Natal, superou todas as expectativas.  Dezenas de delegados vindas de vários município potiguares passaram dois dias de puro debates, responsabilidades e descontração!

O tema principal foi "ASSISTÊNCIA SOCIAL: DIREITO DO POVO com Financiamento Público e Participação Social, muito abordado e discutido, que no final aprovou 10 (dez) propostas que serão encaminhadas para a Conferência Nacional Democrática de Assistência Social, que será realizada em Brasília no mês de novembro.

Foram dois dias de muitos debates, descontração e aprovação de propostas tanto para o Estado e municípios como para a nível nacional.  O Rio Grande do Norte dá passos de união e defesa do SUAS e fortalecimento dos conselhos municipais, ferramentas importantíssimas para o processo democrático de direitos e principalmente em momentos nebulosos com perdas constantes de direitos garantidos com tantas lutas!

As propostas aprovadas no XII CEAS/RN serão divulgadas tão logo o CEAS/RN divulguem-as para as instituições e delegados.

Após aprovação das propostas foram feitos as eleições dos delegados para a Conferência Nacional prevista para novembro em Brasília.

Para Eduardo Vasconcelos, delegado pela sociedade civil, representando Nova Cruz foi um momento único e que fortaleceu laços para que o Estado Potiguar possa através deste debates plantar esperança para que mais políticas voltadas para a Assistência Social possam a virem ser concretizadas, apesar do momento turbulento que passa o Brasil, mas com a garra do povo brasileiro e com os homens de bem o Brasil (sistema) possa voltar a respeitar o povo brasileiro e que seus direitos conquistados com muita luta não sejam jogados na "lata do lixo" como alguns atos do executivo federal vem fazendo.

Unir, se conscientizar e lutar será caminhos para a retomada da luta e pelos direitos adquiridos com tanta luta e suor! Eduardo conclui que o momento foi super importante, pois as cidades presentes se uniram na defesa das Políticas Públicas para a Assistência Social, bem como a referida conferência serviu para fazer novas amizades e com isso ficamos mais fortes para a luta.  Disse Eduardo.

Nossos agradecimentos a todos do Grupo de debate 03 e em especial a Marli Nobre (Ipueira) pela sua postura e determinação quanto a defesa das propostas do Grupo 03.

Obs. Foram eleitos 12 delegados que irão em novembro para Brasília rumo a Conferência Nacioanl Democrática de Assistência Social.

* Eduardo Vasconcelos é presidente do Centro Potiguar de Cultura - CPC/RN, radialista, ativista, blogueiro, coordenador da Comissão em Defesa dos Campus da UERN, UFRN e IFRN na Região do Agreste Potiguar e atual Agente de Cultura em Nova Cruz.

4º FESTIVAL DA JUVENTUDE Incentivo da família e dedicação ao trabalho garantem sucessão rural no Rio Grande do Sul

Difícil dizer o que é mais bonito, se é a vista do município de Alto Feliz (RS), se é a produção de frutas ou se é a relação da família Freiberger Andrioli. Avós, pais, tios, primos e irmãos, todos(as) trabalham juntos cultivando mudas de videiras, bergamotas (que você pode conhecer por mexericas), caquis chocolate e oito variedades de uvas – seis variedades de uvas de mesa e duas variedades de uvas americanas – na Frutícola e Viveiro de Mudas Freiberger & Andrioli, propriedade de 37 hectares que fica a cerca de 100 quilômetros de Porto Alegre.
Foto: Débora Zimmer

Ao conceder a entrevista para essa matéria, o jovem Miguel Andrioli, de 22 anos, era só sorrisos. Para ele, a agricultura familiar significa qualidade de vida, segurança e realização. Aos 14 anos, ele saiu de casa para o seminário, com a intenção de ser padre. Mas aos 18 retornou para casa e se deu conta de todo o potencial do trabalho na terra.  

“O apoio e incentivo dos meus pais também foram fundamentais. Eles disseram que não obrigariam ninguém a ficar no campo, mas passaram o exemplo do trabalho deles, que já estão há 25 anos na propriedade, e dos meus avós, que estão há mais de 30. Depois que saí do seminário passei um período me sentindo um pouco deslocado, mas com o passar do tempo e de lidar com as coisas práticas, vi a fatura no final da produção e comecei a ver o valor do nosso trabalho”, conta o rapaz, que teve uma experiência de trabalho em uma vinícola próxima e viu que era mais vantajoso trabalhar com a família. “A renda é melhor e nós fazemos nosso próprio horário”, explicou.
 A produção de frutas é vendida na Ceasa em Caxias do Sul, e as uvas são vendidas diretamente aos clientes, que visitam a propriedade e colhem seus próprios cachos, numa espécie de turismo rural. Miguel trabalha com o irmão mais velho, Joel, que tem 24 anos e cursa Agronomia, e com o primo, Jailson, de 22 anos. Até a caçula Betina, de 12 anos, contribui nas horas vagas, ajudando a recepcionar os clientes que visitam o local. O rapaz explica que uma das principais razões para a permanência dos jovens na propriedade é que suas ideias e contribuições são ouvidas e consideradas pelos mais velhos. “E claro que aprendemos muito com eles também”, afirma ele.

O sucesso da colheita de uvas pelos visitantes pode ser atribuído ao infalível “boca-a-boca” e também à divulgação do trabalho em jornais locais e nas redes sociais. A Frutícola e Viveiro de Mudas Freiberger & Andrioli tem uma página no facebook administrada por Miguel, que coloca informações interessantes e muitas fotos do local. “Mas nossa família ainda é conhecida como viveirista, pela produção de enxertos de videiras. Produzimos de 35 a 50 mil enxertos de parreira por ano, que são vendidas aos produtores aqui na propriedade”, aponta o rapaz. 

Atuação no movimento sindical 

Miguel conheceu o Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais por meio do tio, Jair Fernando Freiberger, que é presidente do Sindicato de Trabalhadores Rurais de Feliz – com extensão de base em Alto Feliz, Vale Real e Linha Nova. Em 2017, depois de ouvir a secretária de Jovens da FETAG-RS, Diana Hanz, afirmar que era preciso fortalecer a participação juventude na luta sindical, Jair convocou o sobrinho para as atividades do sindicato, e Miguel gostou do que encontrou. Atualmente, o rapaz é coordenador de Jovens da regional do Vale do Caí e faz parte da Comissão Estadual de Jovens da FETAG-RS. 

“Colaboramos com a Diana e estamos fortalecendo o trabalho de base, reforçando a importância dos e das jovens terem conhecimento. Por isso estamos começando a trabalhar com o Programa Jovem Saber. Além disso, eu estou no 4º módulo do curso da Enfoc e isso foi fundamental para eu ficar com mais vontade de aprender e de incentivar o conhecimento”. 

Sobre o 4º Festival Nacional da Juventude Rural, Miguel afirma estar entusiasmado. “Vamos organizar a juventude do Rio Grande do Sul porque sabemos que os direitos não são dados, são conquistados. Vejo como uma pauta importante o fortalecimento das políticas públicas para a permanência dos(as) jovens no campo, porque sei que há muitas dificuldades”. 

Como mensagem para toda a juventude rural brasileira, Miguel afirma: “Não precisa ter medo de agir. Acreditem na capacidade de vocês. Não acreditem nos rótulos que costumam colocar na juventude, de que somos inexperientes e não sabemos das coisas. Nós somos capazes, sim”. 

 Fonte: CONTAG

Agricultura familiar tem papel de destaque em encontro sobre erradicação da fome e pobreza e segurança alimentar

Alberto Broch e a diretora para a Divisão da América Latina e Caribe, Rossana Polastri e o diretor de Projetos para a América Latina e Caribe, Paolo Silveri -

 Infelizmente, a erradicação da fome e da pobreza continua sendo tema que precisa ser debatido por todos os países do mundo. A agricultura familiar, sendo um setor fundamental para acabar com essas questões, precisa ter voz nos espaços de discussão internacionais, para levar seus desafios e propostas. Um desses espaços é o Comitê de Segurança Alimentar da Organização das Nações Unidas (CSA), que reúne representantes dos países e também de organizações da sociedade civil e de empresas relacionados ao tema. Na próxima semana, de 14 a 18 de outubro, será realizada a 45º Reunião do CSA em Roma, capital da Itália. 

Nesta semana, nos dias 9 e 10 de outubro, os integrantes da sociedade civil se reuniram para debater as questões que serão levadas para a reunião do CSA. São representações da agricultura familiar - como a CONTAG e a Coprofam -, representações de pescadores, indígenas, jovens, mulheres e diversos outros sujeitos de todos os continentes. 
 
Nessa reunião, os participantes ratificaram a eleição de um pequeno grupo que fará a interlocução direta com o CSA. O vice-presidente e secretário de Relações Internacionais da CONTAG e presidente da Confederação dos Produtores da Agricultura Familiar do Mercosul (Coprofam), Alberto Broch, será integrante desse grupo. “É um grupo que sugere temas que serão debatidos pelo comitê e isso é muito importante para a CONTAG e para a Coprofam, pois seremos chamados com frequência para sentar com os governos na preparação da agenda política do CSA”, explica o dirigente.
 
Neste final de semana (12 e 13), será realizada a grande assembleia do mecanismo da sociedade civil, com cerca de 200 participantes de todos os continentes, para debater a erradicação da fome e da pobreza, e temas como as políticas da agricultura familiar.
 
Reunião com o FIDA
 
Na manhã de hoje (11), Broch se reuniu com a nova diretora para a Divisão da América Latina e Caribe do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), a peruana Rossana Polastri e o diretor de Projetos para a América Latina e Caribe, Paolo Silveri. O objetivo era dialogar sobre os projetos realizados pela Coprofam junto ao FIDA, como a Conferência Regional da América Latina e Caribe (ALC) realizado em maio em Montevideo (Uruguai) e o Intercâmbios de Saberes nos Semiáridos da América Latina, realizado em julho em Caruaru (PE). “A nova coordenadora se comprometeu a fazer reunião com a CONTAG e a Coprofam para discutir a renovação e execução de projetos para a agricultura familiar”, afirmou o secretário de Relações Internacionais.
 
 
Fonte: Assessoria de Comunicação CONTAG - Lívia Barreto