A
reforma agrária é um dos pilares centrais do Projeto Alternativo de
Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário (PADRSS), portanto, tem um
papel estratégico para o MSTTR e para toda a sociedade, indo além da garantia
do direito à terra, mas assegurando a produção de alimentos saudáveis, a
proteção da biodiversidade e garantindo a inclusão e qualidade de vida das
pessoas.
Nos
últimos anos, a CONTAG tem denunciado as inúmeras tentativas de acabar com a
Política Nacional de Reforma Agrária, bem como as violações dos direitos dos
trabalhadores e trabalhadoras rurais. A extinção do Ministério do
Desenvolvimento Agrário (MDA), a suspensão de todo processo de reforma
agrária pelo Acórdão nº 775/16 do Tribunal de Contas da União (TCU), a
drástica redução do orçamento, em especial para obtenção de terras, os
inúmeros projetos de lei e iniciativas de criminalizar os movimentos sociais
de luta pela terra, são alguns dos exemplos de desmonte da reforma agrária
que o MSTTR tem combatido.
Neste
sentido, por ser uma política tão histórica e importante para o MSTTR, a
CONTAG está atenta aos programas de governos dos candidatos a presidente da
República. Compactuamos com propostas que venham fortalecer a reforma agrária
e a agricultura familiar, dando oportunidade aos que vivem da terra e
garantindo a dignidade a estes.
A
CONTAG também defende que a reforma agrária é um direito constitucional e um
dever do Estado. O artigo 186 da CF/88 trata da função social da terra.
Portanto, propostas que contemplem a “propriedade privada acima de tudo” não
deverão ser defendidas por nossa entidade. Assim, programas de governo que
propõem retirar da Constituição qualquer “relativização da propriedade
privada”, incluindo as propriedades denunciadas ou flagradas com trabalho
escravo, não fazem parte da luta do MSTTR. Muito pelo contrário, a CONTAG
sempre defendeu a expropriação das terras flagradas com trabalho escravo, que
não cumprem a sua função social e a consequente destinação destas para
reforma agrária.
Dada
a relevância desta política para o País, a Confederação defende a proposta de
recriação do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), com o Instituto
Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) como autarquia do MDA, e
não o desmonte da estrutura já consolidada e a junção a outras pastas que são
contrárias à pauta ou não dão a importância necessária.
Vale
destacar ainda que não será recepcionado pelo Sistema Confederativo CONTAG
qualquer proposta de governo que tenha o objetivo de criminalizar os
movimentos sociais, lideranças e trabalhadores(as) que fazem a luta pela
terra, ou quaisquer iniciativas que venham aumentar os conflitos no campo, a
exemplo do PL nº 9.604/2018 apensado ao PL nº 5.065/2016, que objetiva
tipificar as atuações dos movimentos sociais como crime de terrorismo.
Portanto,
essa Confederação lutará por um programa de governo que valorize a reforma
agrária e a agricultura familiar, que leve em consideração os sujeitos do
campo, entre eles os trabalhadores e trabalhadoras rurais acampados(as) e
assentados(as). Um programa que promova a justiça social, a redução das
desigualdades sociais, que estimule a produção de alimentos saudáveis e a
proteção ao meio ambiente, e que traga, acima de tudo, a paz, a autonomia e o
respeito que o campo merece.
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FONTE: Direção da CONTAG
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O SINDICATO DOS TRABALHADORES RURAIS, AGRICULTORES E AGRICULTORAS FAMILIARES DE NOVA CRUZ/RN, FUNDADO EM 01/05/1961,TEM COMO OBJETIVO A LUTA NA DEFESA DOS DIREITOS DOS MESMOS POR MAIS TERRA E INCENTIVO A AGRICULTURA FAMILIAR!
quinta-feira, 25 de outubro de 2018
CONTAG repudia programas de governo que estimulam a violência no campo
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