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A
ultradireita venceu as eleições presidenciais. Jair Bolsonaro foi eleito para
governar o Brasil a partir de 1º de janeiro de 2019. No entanto, o plano de
governo defendido por ele foi aprovado por 39,24% da população brasileira. Os
outros 60,76% dos eleitores e eleitoras ou votaram no projeto de Fernando
Haddad, ou não compareceram às urnas, ou votaram nulo ou em branco. Portanto,
não queriam Bolsonaro presidente.
Diante
desse cenário, a Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e
Agricultoras Familiares (CONTAG) acredita que são grandes os desafios e riscos
a partir da implementação de um plano que ainda não é de conhecimento da
maioria da população; inclusive porque o presidente eleito não participou de
debates e não se posicionou sobre questões centrais e estruturantes para o
desenvolvimento do nosso país e para a superação da crise econômica brasileira.
Ao
avaliar as poucas propostas divulgadas por Bolsonaro e seus apoiadores, a
CONTAG alerta para os riscos à democracia, à soberania nacional, aos direitos
fundamentais para a classe trabalhadora e para a maioria do povo brasileiro,
que sempre pautaram as lutas históricas da CONTAG. Durante toda a campanha
eleitoral a ultradireita explicitou o racismo, a incitação à violência, o
machismo, a homofobia e tantos outros retrocessos, desconsiderando o país
plural que é o Brasil. E nós, da CONTAG, nos preocupamos com essa postura no
Executivo e no Legislativo brasileiro, pois representamos os agricultores e
agricultoras familiares de todas as regiões, de todas as cores, culturas,
credos e opiniões políticas.
No
sentido de garantir os direitos da classe trabalhadora, em especial dos
assalariados e assalariadas rurais, de lutar pela reforma agrária e pelo
fortalecimento da agricultura familiar, a CONTAG fortalecerá o diálogo com a
sua base e com as organizações que compõem a Frente Ampla Popular e Democrática
para aprofundarmos a luta das pautas sociais, ambientais e trabalhistas e
combatermos qualquer tipo de retrocesso. Como disse Pepe Mujica, “não
há derrota definitiva, nem triunfo definitivo. A vida é uma luta permanente com
avanços e retrocessos”.
Fonte: CONTAG
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