Mais de mil trabalhadores e trabalhadoras rurais agricultores e
agricultoras familiares se uniram à multidão que marchou na última quarta-feria (15) em Brasília
para defender o direito de Luís Inácio Lula da Silva a ser candidato à
Presidência da República. O MSTTR demonstrou seu apoio ao projeto político que
Lula representa - inclusivo, igualitário, justo e democrático - e também a um
processo jurídico que respeite todos os direitos garantidos na Constituição
Federal, uma vez que Lula foi preso sem qualquer prova contra ele.
O ato realizado hoje trouxe para
Brasília mais de dez mil pessoas integrantes de diversos movimentos sociais
campesinos e de trabalhadores de todas as categorias, que marcharam de todos os
estados brasileiros até o Tribunal Superior Eleitoral, onde foi concretizado o
registro da candidatura de Lula, como anunciado pela presidenta do Partido dos
Trabalhadores, Gleisi Hoffman. Para o presidente da CONTAG, Aristides Santos,
trata-se de um momento inédito na história do País ter um candidato que foi
preso para ser impedido de participar das eleições, pois já tem o voto da maior
parte dos eleitores(as). "A presença da CONTAG aqui é parte de sua posição
de que Lula é um preso político, e nós sempre defendemos seu direito a se
candidatar. E afirmamos ainda que não adianta prender Lula, porque suas ideias
e sua ideologia estão no povo e nós vamos levar a luta adiante", afirma o
presidente da CONTAG, Aristides Santos.
Foi um ato histórico, cheio de
esperança e com a vibração que a militância carrega consigo em todos os
momentos. Mulheres, crianças, jovens, pessoas da terceira idade e da comunidade
LGBTS estavam presentes para demonstrar a diversidade da esperança do povo na
capacidade de Lula de retomar o desenvolvimento brasileiro e distribuir os
frutos entre toda nossa sociedade, especialmente os mais pobres e excluídos.
Os educandos e educandas da 7ª Turma do
Curso nacional de Formação da Enfoc participaram do ato, como parte de um
processo de leitura da realidade que passa pela prática da luta por uma
realidade diferente. A maior parte da turma é composta por jovens trabalhadores(as)
rurais, entre eles a secretária de Jovens da CONTAG, Mônica Bufon. "Com o
golpe de 2016 a juventude brasileira, especialmente a rural, sofre com os
cortes debilitantes das políticas públicas voltadas para nós. Por isso a
juventude está presente neste ato por entender que precisamos fortalecer a luta
por esse projeto que garante a nós jovens do campo, floresta e águas o direito
a uma vida digna", afirma a dirigente.
Para o secretário de Organização e
Formação Sindical da CONTAG, Guto Silva, mais uma vez a Enfoc demonstra sua
preocução em fazer formação discutindo a teoria e a prática da luta,
participando ativamente de uma mobilização histórica. "Isso faz parte do
processo metodológico de nossa escola, que sabe que a formação é fundamental
para a construção de uma sociedade mais consciente de seus direitos e
deveres", afirma Guto.
O secretário de Política Agrária da
CONTAG, Elias Borges, acredita que a forte participação dos trabalhadores e
trabalhadoras rurais demonstra a esperança em um projeto político que retome o
Ministério do Desenvolvimento Agrário e todas as políticas voltadas para
acampamentos e assentamentos da Reforma Agrária. "O Brasil precisa de uma
redistribuição justa das terras improdutivas, para que seja garantida a segurança
e soberania alimentar de nosso País, além da garantia de renda e de condições
de vida para milhões de brasileiros. Estar aqui significa lutar por isso",
afirma Elias Borges.
A manifestação terminou pacificamente
às 18h30, quando os milhares de manifestantes iniciaram a jornada de volta a
seus municípios e comunidades. O agitado mar vermelho que tomou conta dos
gramados em frente do TSE volta a espalhar a esperança por todo o Brasil,
para provar nas urnas que é possível fazer deste um País de todos e todas
nós.
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FONTE: Assessoria de comunicação
CONTAG - Lívia Barreto
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