domingo, 20 de junho de 2021

3 características que você precisa saber sobre os conflitos no campo brasileiro!

 

Está perdido na aula de geografia? Esta lista vai te ensinar sobre os Conflitos no Campo Brasileiro para te ajudar a arrasar na sua prova!

1. Os conflitos no campo brasileiro ocorrem principalmente na região Norte

Segundo dados estatísticos mais da metade dos conflitos ocorridos no campo brasileiro por desocupações, resistência e enfrentamentos concentram-se na região Norte, e destes a maioria ocorre no estado de Rondônia. Além da razão comum dos conflitos, a concentração de terras, na região Norte muitos conflitos são causados pela expansão da indústria extrativa.

2. Os conflitos no campo brasileiro têm como causa principal a concentração de terras

Grande parte dos conflitos no campo brasileiro decorrem da má distribuição de terras, em que poucos detêm grandes extensões de terras enquanto muitos detêm pouca terra. A distribuição desigual de terras desencadeia uma série de conflitos no meio rural. Essa concentração teve início com a criação das capitanias hereditárias e adoção do sistema de sesmarias.

3. Os conflitos no campo brasileiro originam movimentos sociais que buscam a reforma agrária

As disparidades no campo geram revolta nos trabalhadores rurais o que possibilita a formação de grupos articulados como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que reivindica a reforma agrária através da ocupação de latifúndios como forma de pressionar o governo a distribuir melhor as terras. O que ocorre em muitos casos é que as ocupações empreendidas pelo MST nem sempre são solucionadas pacificamente pelo Estado brasileiro, desencadeando assim conflitos no campo.

Fonte:https://descomplica.com.br - https://descomplica.com.br/artigo/3-caracteristicas-que-voce-precisa-saber-sobre-os-conflitos-no-campo-brasileiro/4xX/

Os problemas sociais no campo brasileiro

 

Os problemas no campo brasileiro se arrastam há centenas de anos. A distribuição desigual de terras desencadeia uma série de conflitos no meio rural. Essa questão teve início durante a década de 1530, com a criação das capitanias hereditárias e o sistema de sesmarias, no qual a Coroa portuguesa distribuía terrenos para quem tivesse condições para produzir, desde que fosse pago um sexto da produção para a Coroa.

Com isso, poucas pessoas adquiriram grandes extensões de terra, estabelecendo diversos latifúndios no país. Algumas famílias concentraram grandes propriedades rurais, e os camponeses passaram a trabalhar como empregados para os detentores de terra. Contudo, a violência no campo se intensificou com a independência do Brasil, em 1822, quando a demarcação de imóveis rurais ocorreu através da lei do mais forte, provocando vários assassinatos.

Outro artifício muito utilizado e que desencadeia uma série de conflitos é a grilagem. Esse método é destinado à falsificação de documentos de posse da terra, em que os grileiros colocam documentos falsos em caixas fechadas com grilos até que os papéis fiquem com aparência de envelhecidos. Posteriormente, o imóvel é vendido por meio desse documento falso, ocasionando a expulsão do proprietário, que normalmente é um pequeno agricultor.

Além desses fatores que beneficiam os grandes detentores de terra, outro problema é a atual organização da produção agrícola. A mecanização e a utilização massiva de tecnologia no campo têm forçado os pequenos produtores a venderem suas propriedades e trabalharem como empregados ou migrarem para as cidades, visto que muitos deles não conseguem mecanizar sua produção, fato que resulta no baixo rendimento, o que os coloca em desvantagem no mercado.

Diante desse cenário de concentração fundiária, vários movimentos sociais foram criados com o intuito de reverter esse quadro. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), por exemplo, reivindica a realização da reforma agrária, ocupando latifúndios como forma de pressionar o governo. No entanto, essas ocupações nem sempre são solucionadas de forma pacífica, desencadeando conflitos no campo.

Outros problemas no campo são a utilização de mão de obra infantil e a exploração do trabalhador. Apesar da abolição da escravatura ter ocorrido em 1888, o Brasil ainda registra denúncias de trabalho escravo. Proprietários de algumas fazendas contratam funcionários, que são obrigados a custear a viagem, alimentação, estadia, etc. Sendo assim, o trabalhador, antes mesmo de iniciar as atividades, já está endividado, sendo obrigado a trabalhar para quitar todo o “investimento” do patrão.

Portanto, é necessário que políticas públicas sejam desenvolvidas para solucionar esses problemas, de forma a reduzir a desigualdade no campo, fiscalizar as condições de trabalho, além de oferecer subsídios para os pequenos produtores rurais.

Por Wagner de Cerqueira e Francisco
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola

Agricultura Brasileira - Geografia Humana do Brasil

Geografia do Brasil - Brasil Escola

O trabalho infantil é um dos grandes problemas no campo
O trabalho infantil é um dos grandes problemas no campo

Fonte:

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

FRANCISCO, Wagner de Cerqueira e. "Os problemas sociais no campo brasileiro "; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/brasil/os-problemas-sociais-no-campo-brasileiro.htm. Acesso em 20 de junho de 2021.

JUVENTUDE RURAL A HORA É AGORA. JOVEM RURAL DE JOÃO CÂMARA PRODUZINDO ALIMENTOS EM PLENA PANDEMIA DO CORONAVÍRUS

 

Por iniciativa da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Rio Grande do Norte - FETARN, através de sua Secretaria Estadual de Jovens e da Comissão Estadual de Jovens Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais mostrará toda semana exemplos e experiências de jovens trabalhadores rurais que em plena pandemia do coronavírus continuam no campo produzindo alimentos.

A iniciativa surge pela discussão nacional realizada pela juventude rural da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares - CONTAG em virtude da realização do Festival Nacional da Juventude Rural que aconteceria em maio desse ano e foi cancelado em virtude da crise sanitária. Nessa edição dessa semana o jovens agricultor familiar, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultores Familiares de João Câmara e também integrante da Comissão Estadual de Jovens da FETARN, José Welington (Novinho) apresenta o jovem agricultor familiar, Joabe, o mesmo é produtor de maracujá, no município de João Câmara.

Fonte: FETARN

PANDEMIA - CONTAG expressa o seu pesar pela morte de mais de 500 mil brasileiras e brasileiros pela Covid-19

Em 26 de fevereiro de 2020, o Brasil registrou o primeiro caso de infectado pela Covid-19. Sete meses depois (agosto/2020), a doença alcançou a marca dos 100 mil mortes.

Atingida esta marca, o intervalo de tempo a cada 100 mil mortes foi sendo reduzido. Em janeiro de 2021, seis meses depois, o país superou a marca dos 200 mil mortes e, em março de 2021, três meses depois, foram registrados 300 mil óbitos. A partir deste período, tivemos a cada 2 meses seguidos, 100 mil óbitos: abril/2021 atingimos o número de 400 mil, e hoje, 19 de junho de 2021, o País ultrapassa a trágica marca de 500 mil mortes e 17.822.659 casos de infectados(as).

O quadro e gráfico a seguir demonstram a forma como a doença foi avançando no Brasil.

Após longa batalha por vacina, em 17 de janeiro de 2020 foi vacinada a primeira pessoa no Brasil, hoje, o País conta com três vacinas sendo aplicadas, a Coronavac, a AstraZeneca e a Pfizer.

Segundo dados atualizados do G1, em 20 de junho de 2020, o país vacinou 61.859.364 pessoas com a primeira dose, 29,21% da população, e 24.171.806 pessoas com a segunda dose, o que corresponde a 11,41% da população. Especialistas apontam que será necessário vacinar pelo menos 70% da população com as duas doses para que se alcance a imunidade coletiva, portanto, o Brasil ainda está distante de alcançar esta marca.

Passados quatro meses do início da vacinação, um estudo realizado pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), divulgado na 5ª feira (17), aponta que, em 4 meses de aplicação das vacinas, já foi evitada a morte de mais de 40.000 pessoas acima de 70 anos de idade. O percentual de mortes por Covid-19 de idosos(as) acima dos 80 anos caiu de 28% em janeiro para 12% em maio de 2021. Portanto, confirmam-se as projeções da ciência e da Organização Mundial da Saúde (OMS) de que a única forma de combater a doença é por meio da vacinação em massa da população.

No Brasil, mesmo com o número de pessoas vacinadas, o avanço da doença é preocupante. Segundo estudo da Fiocruz, boletim observatório Covid-19, período de 30 de maio a 12 de junho, com a formação de um platô elevado de transmissão da Covid-19, mais a possibilidade de agravamento com a entrada do inverno, indicam crescimento nas contaminações em quatro unidades da Federação e um total de 20 estados com taxa de incidência superior a 10 casos por 100 mil habitantes, considerada extremamente alta, sendo que, em três destes, a média móvel excedeu 20 casos por 100 mil habitantes.

O estudo aponta ainda para a ocupação dos leitos de UTI para Covid-19: 18 estados e o Distrito Federal têm taxas de ocupação de pelo menos 80%, sendo que 8 destes com taxas de ocupação iguais ou superiores a 90%. Para as capitais, temos 16 com taxas de ocupação de pelo menos 80%, sendo que destas, 9 estão com taxas iguais ou superiores a 90%.

Mais uma informação preocupante foi reforçada pelo biólogo Átila Iamarino, em entrevista à Globo News, que afirmou que o Brasil deve ultrapassar os Estados Unidos no número total de mortos pela Covid-19 e liderar esse trágico ranking caso seja mantido o atual ritmo de contaminações e óbitos no País.

Na contramão das recomendações da ciência, o governo brasileiro ignorou a importância das vacinas contra a Covid-19. Em depoimento na CPI em 27 de maio de 2020, o diretor do Instituto Butantan afirmou que, até meados de maio, cerca de 150 milhões de doses de vacinas da Coronavac poderiam ter sido disponibilizadas para a população, mas o atual governo mandou cancelar contrato de 100 milhões de doses desta vacina. A CPI também revelou a resistência do governo pela compra da Pfizer no segundo semestre de 2020.

Mesmo com a pressão pelas investigações e denúncias da CPI, o presidente da República continua negando as vacinas. Em sua live semanal, nesta quinta-feira (17), de forma equivocada voltou a afirmar que quem contraiu o novo coronavírus já está imunizado. Com esta afirmação, mais uma vez, ele nega a importância e a eficácia das vacinas e, consequentemente continua com o seu negacionismo frente à ciência.

Diante desse contexto, a CONTAG vem a público repudiar a atuação do governo federal no enfrentamento à pandemia onde sistematicamente tem violado os direitos básicos de toda a população brasileira à vida e à saúde.

Ao mesmo tempo, a Confederação presta a sua homenagem às pessoas vitimadas pela Covid-19, se solidariza com as mais de 500 mil famílias e amigos(as) em luto – entre elas de trabalhadores rurais agricultores e agricultoras familiares – e com a luta das(os) profissionais de saúde para preservar o direito fundamental à vida, mesmo estando em risco a sua. A vocês todo o nosso agradecimento em nome dos povos do campo, da floresta e das águas.

Diretoria da CONTAG

FONTE: Diretoria da CONTAG


domingo, 6 de junho de 2021

DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE CONTAG denuncia o desmonte da política ambiental brasileira e reforça que a luta pelo meio ambiente e pela vida deve ser feita por todos(as) nós

 


DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE



CONTAG denuncia o desmonte da política ambiental brasileira e reforça que a luta pelo meio ambiente e pela vida deve ser feita por todos(as) nós



Ao longo dos dias 1 a 5 de junho, denominada de Semana do Meio Ambiente, a CONTAG vem fazendo denúncias sobre o desmonte da política ambiental brasileira e reflexões sobre temáticas, a exemplo do desmatamento, das queimadas, licenciamento ambiental, acesso à água e aos recursos hídricos e uso de agrotóxicos.

“Essas temáticas estão presentes nas pautas da CONTAG e, nessa semana, estamos reforçando a nossa posição e as nossas denúncias. A principal mensagem que queremos passar é que a luta pelo meio ambiente e pela vida é feita por todos e todas nós, agricultores e agricultores familiares, de todas as idades, de todos os gêneros, e juntos vamos resistir a todos os golpes e trabalhar para que a mudança para um desenvolvimento rural sustentável e solidário aconteça para nossas atuais e futuras gerações”, destaca a secretária de Meio Ambiente da CONTAG, Sandra Paula Bonetti.

Para garantir essa mudança, é preciso denunciar medidas tomadas pelo governo federal que prejudicam esse desenvolvimento que a CONTAG, Federações e Sindicatos defendem. Desde o primeiro mês do governo Bolsonaro até fevereiro de 2021 foi feita a concessão de 1059 novos registros de agrotóxicos, um número recorde. No Brasil, já são mais de 3 mil agrotóxicos disponíveis no mercado para comercialização, que estão envenenando nossa comida, nossos corpos, nossa água e nosso solo, provocando câncer, depressão, suicídio e diversos outros malefícios a todos os seres vivos.

“A defesa da agroecologia é uma das prioridades para o movimento sindical e para todos os sujeitos do campo, da floresta e das águas. Para nós, é sinônimo de cuidado com o indivíduo e com a coletividade, com o equilíbrio entre produção de alimentos saudáveis, a proteção dos recursos naturais como solo, água e ar, assim como a vida de seres humanos, animais e plantas”, explica a secretária de Jovens da CONTAG, Mônica Bufon, que coordenou as ações da Semana junto à Sandra. Mas, segundo Mônica, para que as práticas agroecológicas se efetivem, é necessário o incentivo do Estado Brasileiro a essa modalidade de produção com a viabilização de projetos produtivos, do apoio à comercialização, da capacitação técnica e da extensão rural, bem com através do investimento em novas pesquisas para expansão da produção de alimentos saudáveis.

Este governo também é conivente com o desmatamento. Segundo medições do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a área desmatada na Amazônia em abril/2021 foi de 581 km² de sua cobertura vegetal. Trata-se do segundo mês consecutivo de recordes históricos mensais. Em março foram desmatados 368 km². Já no Cerrado, a área em alerta de desmatamento acumulado entre 1 de janeiro e 22 de abril deste ano já é 32% superior ao mesmo período que o registrado no ano passado.

A omissão também resultou no aumento de queimadas na Amazônia, Pantanal, Cerrado, Mata Atlântica e diversos outros biomas. Segundo informações do Inpe, o território brasileiro acumulou do início do ano até agora mais de 10 mil focos de fogo. Esse número pode aumentar rapidamente com o início do período de seca em regiões críticas, como o Centro-Oeste, quando as queimadas passam a se alastrar de forma rápida e intensa, atingindo fortemente áreas do cerrado naquela região.

“Não satisfeito com essa situação, o governo está aproveitando o cenário de pandemia para ‘passar a boiada’. Um exemplo é o Projeto de Lei 3.729/2004, que na prática, acaba com o licenciamento ambiental. Sendo aprovado, teremos dificuldades no controle da poluição, dos processos de desertificação e permitirá o aumento do desmatamento e queimadas”, ressalta Sandra.

A CONTAG também reafirma, nesta Semana, a sua luta contra a transformação da água em mercadoria e em defesa do acesso regular e de qualidade à água potável, como um direito fundamental reconhecido pela ONU. “A água é um patrimônio natural do mundo, com grande importância na vida das pessoas e no equilíbrio dos ecossistemas. No entanto, é um bem escasso e finito, apesar de o nosso planeta possuir grande quantidade de água. Somente 2,4% da água é doce e apenas 0,02% pode ser consumida. Por isso, é fundamental que todos e todas tenham consciência sobre o uso racional da água, que contribuam com a preservação das nascentes, contra o desperdício na agropecuária”, pondera a secretária de Meio Ambiente da CONTAG.

Fonte: CONTAG