ALÉM DA MAIOR DISPONIBILIDADE INTERNA, O CÂMBIO (DÓLAR) DEVERÁ FICAR EM UM PATAMAR MENOR QUE O VERIFICADO EM 2018, O QUE COLABORA COM O CENÁRIO DE BAIXA NAS COTAÇÕES EM 2019.
A semeadura da safra brasileira de grãos (2018/2019) está na reta final e a expectativa é de uma boa safra. A situação está mais favorável em relação ao mesmo período de 2017, com um clima mais dentro da normalidade, bom avanço dos trabalhos no campo e boa situação das lavouras.
Com relação ao milho de primeira safra, a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) estima um crescimento da área entre 0,5% e 3,5%, em relação à safra passada. O rendimento médio das lavouras deverá diminuir 2,2%, frente a 2017/2018.
Considerando os limites inferiores e superiores, a produção está estimada entre 26,28 milhões (2,0% menor que o colhido no ciclo anterior) e 27,21 milhões de toneladas (aumento de 1,5% frente à safra anterior).
Para o milho de segunda safra (2018/2019), a CONAB manteve a área semeada em 2017/2018, de 11,55 milhões de hectares, mas estima uma produtividade média 16,9% maior.
Com isso, a produção foi estimada em 63,73 milhões de toneladas, 18,1% mais que as 53,97 milhões de toneladas colhidas na segunda safra em 2017/2018.
No total, a produção brasileira está estimada entre 90,02 milhões e 90,95 milhões de toneladas de milho em 2018/2019, frente as 80,78 milhões de toneladas produzidas em 2017/2018.
Para a soja, a expectativa é de que a área cresça entre 0,6% e 2,8% nesta temporada, em relação à safra passada. A produtividade média, no entanto, deverá ser 2,7% menor frente a 2017/2018.
Dessa forma, a produção está estimada entre 116,77 milhões e 119,27 milhões de toneladas em 2018/2019, frente as 119,28 milhões de toneladas colhidas anteriormente.
Esses números de produção poderão ser revisados nos próximos relatórios. No entanto, já nos dão uma ideia que do lado da oferta, pelo menos até então, o cenário deverá ser de maior disponibilidade interna.
Expectativas e oportunidades para o pecuarista
A maior oferta de milho e soja no Brasil é um fator de baixa para as cotações no mercado interno em 2019. Dessa forma, é imprescindível o planejamento, tanto do lado da venda (agricultor) como do lado da compra, pelos pecuaristas.
No caso da soja, as quedas nas cotações deverão ocorrer com mais força durante a colheita, ou seja, entre janeiro e abril do ano que vem. Para o pecuarista, é o melhor momento para a compra de farelo de soja, já que os esmagamentos também aumentam nesse período.
Para o milho, a pressão de baixa deverá ser maior no segundo semestre, com o peso da colheita da segunda safra, a partir de junho. A sugestão para quem faz confinamento, ou seja, precisa do grão para a entressafra do capim, é deixar para negociar mais próximo da colheita.
É importante destacar, porém, que o cenário deverá ser de preços mais firmes para o cereal no primeiro trimestre (safra de verão), em função dos estoques de passagem menores e menor representatividade da safra de verão ou primeira safra (em torno de 30%), em relação ao total.
A CONAB estima 15,78 milhões de toneladas de milho estocadas ao final de 2018, frente as 17,25 milhões de toneladas no final do ano passado.
Fonte: pastoextraordinario.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário