sábado, 2 de julho de 2022

MARCHA DAS MARGARIDAS: Margaridas seguem marchando em preparação à Marcha das Margaridas 2023

A 7ª edição da Marcha das Margaridas será realizada em agosto de 2023, mas o processo de construção da maior ação protagonizada pelas mulheres na América Latina foi iniciada desde agosto de 2021. Desde então, as Margaridas seguem marchando para conquistar mais visibilidade, reconhecimento social, político, cidadania, autonomia econômica, igualdade e liberdade, bem como denunciar a exploração, o machismo, a dominação e todas as formas de violência.

A Marcha das Margaridas é um caminho coletivo de construção de um projeto de sociedade que propõe um Brasil sem violência, onde a democracia e a soberania popular sejam respeitadas, a partir de relações justas e igualitárias. E já trilhando esse caminhar da construção coletiva, foi realizada, nos dias 8 e 9 de fevereiro de 2022, em Brasília, a primeira reunião da Comissão Ampliada da Marcha das Margaridas, envolvendo a Comissão Nacional de Mulheres Trabalhadoras Rurais (CNMTR) e representantes das organizações parceiras, como parte da Oficina Preparatória do Curso Nacional de Formação Político-Sindical “Mulheres e Desenvolvimento Territorial Sustentável – para alimentar e nutrir transformações sociais”.

Esse evento foi realizado em formato presencial, o primeiro desde o início da pandemia. Seguindo o protocolo com as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e de especialistas, foi feita a testagem de todas as participantes a partir de parceria com a Fiocruz, foi mantido o distanciamento, exigido o uso obrigatório de máscaras de proteção N95, conforme determinação da Anvisa, e de higienização constante do ambiente e das mãos com álcool 70%. A CONTAG forneceu as máscaras e o álcool.

Ainda na mística de abertura da oficina, as Margaridas protagonizaram um momento potente onde destacaram o seu desejo de semear esperança, solidariedade, vida, unidade, coletividade, amor, alegria, entre outros sentimentos tão marcantes e sonhados por todas as mulheres, seja do campo, da floresta, das águas e das cidades.

A secretária de Mulheres da CONTAG e coordenadora geral da Marcha das Margaridas, Mazé Morais, destacou que realização desta oficina em caráter presencial, após dois anos de isolamento, foi de pura emoção para todas e de reafirmação da luta das Margaridas. “Foi uma emoção muito grande nos reencontrarmos depois de dois anos. Foi uma sensação muito boa, um sentimento de gratidão por estarmos vivas, inclusive. Lembrando que a Marcha das Margaridas nunca para. A preparação para esse encontro foi iniciada ainda em outubro em uma reunião realizada por videoconferência com esse mesmo público. Agora, fizemos a primeira reunião presencial de preparação, aprofundando os debates e acordos e analisando o cenário atual do País”, avaliou Mazé.

Durante a oficina também foi feito um resgate das Marchas anteriores, desde o caráter, os objetivos políticos, as estratégias, os eixos políticos e lema para avaliar o acúmulo desse caminhar das Margaridas e, assim, contribuir com a construção da próxima Marcha em 2023.

Diante de uma conjuntura complexa e incerta, a Comissão Ampliada decidiu esperar um pouco mais para definir o lema da Marcha das Margaridas 2023, visto que ele dialoga com a conjuntura, e deve refletir o caráter político da Marcha das Margaridas. Nessa perspectiva, foi reafirmado o caráter de mobilização, articulação, formação, propositivo e de pressão, de denúncia e protesto, resistência e enfrentamento. A partir dessa definição, foi realizado um amplo debate sobre os objetivos políticos da Marcha.

Ficou pactuado que o caráter de negociação só será considerado num contexto de eleição de um governo do campo democrático e popular, onde se coloque a possibilidade de (re)construção de políticas públicas, a partir da apresentação de uma pauta de negociação que dialogue com a Plataforma Política da Marcha.

Em relação às parcerias, foi ressaltada a necessidade de fortalecer as alianças políticas já existentes, a partir de uma agenda comum que traga com força a luta pela democracia, e ampliar essa articulação para outras organizações e movimentos, de modo a fortalecer, na Marcha, a representação da diversidade dos sujeitos do campo, da floresta e das águas, potencializado a sua força política. Houve um rico debate sobre o significado político das entidades parceiras e de sua articulação na construção da Marcha, buscando diferenciar parceria e apoio.

As estratégias para construção da Marcha se mantêm, porém, com forte ênfase na comunicação, em relação a qual foi pactuado a construção de um plano de comunicação orientado por processos que fortaleça a disputa de narrativas em relação à conjuntura, a partir de uma prática comunicativa em rede, descentralizada e processual que, para além do ato em Brasília, seja utilizada também como estratégia de mobilização e divulgação.

Em relação aos eixos, além de reafirmar os da Marcha 2019, foram propostos mais dois que abarcassem a discussão da comunicação e do acesso à internet como política pública; e um outro que trouxesse a discussão das questões ambientais, crimes ambientais e mudanças climáticas.

Espera-se que na próxima reunião da Comissão Ampliada, prevista para maio, os eixos políticos das Marcha sejam definidos, a partir de um debate de conteúdo político que lhes dê sustentação, e que a ampliação das parcerias seja consolidada.

“Fizemos trabalhos em grupo, onde pudemos aprofundar algumas questões. Falamos também sobre várias ações estratégicas de mulheres, principalmente sobre o 8 de março. Portanto, foram dois dias bem produtivos, construindo questões importantes, coletivamente, envolvendo a Comissão Nacional de Mulheres e as organizações parceiras”, explicou Mazé.

A dirigente destacou, ainda, que as lideranças presentes na oficina avaliaram que 2022 será um ano desafiador para as mulheres. “Discutimos bastante sobre as eleições. Nós, mulheres, precisamos incidir fortemente no processo eleitoral com todas as nossas forças. O nosso objetivo é que as reflexões presentes na Plataforma Política da Marcha das Margaridas estejam presentes nos programas de governo das candidatas e candidatos, e que possamos eleger candidatas(as) do campo popular e ampliar a representação das mulheres nos espaços de poder”, ressaltou Mazé.

O processo de construção da Marcha das Margaridas se dá de forma descentralizada, a partir da união e força das mulheres em seus territórios. Dessa forma, compartilharemos a seguir, parte das atividades de mobilização, debate de 2022 para a 7ª Marcha das Margaridas:

- Março/2022

A partir das ações do 8 de março - Chamadas da 7ª Marcha das Margaridas

- Abril, Julho e Novembro/2022

4º Curso Nacional de Formação das Mulheres

- Junho, Julho e Agosto/2022

Caravanas Estaduais das Margaridas

- Agosto/2022

Curso: Comunicar o nosso mundo para semear Margaridas: práticas e estratégias de comunicação popular feminista para a juventude feminina – aula inaugural, voltado às jovens margaridas.

Ato Político dos 22 anos da Marcha das Margaridas

“Após alguns meses de ter dado a largada de preparação e dessa primeira reunião presencial, o nosso sentimento é de que faremos uma grandiosa Marcha das Margaridas, de que teremos dias melhores e de que seguiremos em marcha até que todas sejamos livres e contra todos os tipos de violência”, finalizou a dirigente da CONTAG e coordenadora geral da Marcha das Margaridas. 

FONTE: Assessoria de Comunicação da CONTAG - Verônica Tozzi


NORDESTE Eleita e empossada a nova Coordenação da CONTAG Regional Nordeste (2022-2024)!

 

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A nova Coordenação da CONTAG Regional Nordeste foi eleita e empossada nesta sexta-feira (01 de julho) para o biênio 2022-2024. O agricultor familiar do Rio Grande do Norte e dirigente sindical da FETARN, Manoel Cândido da Costa foi eleito 1º titular/coordenador. Além de Manoel Cândido da Costa também são titulares para a próxima gestão, Josildo Irineu da Silva (FETAG-PB), Milena Magalhães Camelo (FETRAECE) e Nilvane dos Santos (FETAEMA).

"Agradeço ao apoio e a confiança do Nordeste e convoco as Federações para enfrentarmos os desafios que temos pela frente. Seguiremos em luta," declarou Manoel Cândido, novo coordenador da CONTAG na Regional Nordeste.

O processo eleitoral aconteceu presencialmente, em Recife/PE, onde desde o dia 30 de junho acontece o Encontro Regional Eleitoral Nordeste, com a participação do presidente da CONTAG, Aristides dos Santos; da secretária de Política Agrícola da Confederação, Vânia Marques Pinto; da secretária de Políticas Sociais da CONTAG, Edjane Rodrigues; do secretário da Terceira Idade, Antônio Oliveira e dos assessores da Confederação, Givanilson Porfírio (Gil) e Gilberto Silva, além de dirigentes sindicais das Federações nordestinas. 

No Encontro Regional Eleitoral Nordeste, os(as) dirigentes debateram sobre as Eleições 2022, com foco na eleição de Lula presidente e de governadores(as), senadores(as) e deputados(as) comprometidos(as) com o Projeto Alternativo de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário (PADRSS), tendo como prioridade eleger pré-candidados(as) orgânicos(as) do Sistema Confederativo (Sindicados, Federações e CONTAG).

A implementação do Comitês Populares na região, a construção da Plataforma da Agricultura Familiar para as eleições 2022, o Plano Safra 2022/2023 e Diversificação e inclusão produtiva também foram temas debatidos, além de ter sido feita uma avaliação da I Feira Nordestina da Agricultura Familiar e Economia Solidária (I Fenafes), realizada de 15 a 19 de junho, em Natal/RN.  

“Vamos trabalhar com muita unidade, luta e resistência para implementar no Nordeste os temas prioritários para fortalecer a agricultura familiar da região. Desejo uma boa gestão aos eleitos(as) e empossados(as) para gestão 2022/2024. Contem com o apoio Diretoria da Confederação”, diz Aristides Santos, presidente da CONTAG.  

Conheça a Coordenação Regional Nordeste (2022-2024)

1)Titular: Manoel Cândido da Costa (FETARN) 

2)Titular: Josildo Irineu da Silva  (FETAG-PB)

3)Titular: Milena Magalhães Camelo (FETRAECE)

4)Titular: Nilvane dos Santos (FETAEMA)

5)Suplente: Israel Crispim Ramos (FETAPE) 

6)Suplente: Wellinton dos Reis Santos  (FETAG-BA) 

7)Suplente: Maria Cícera Gomes da Silva  (FETAGAL)

8)Suplente: Cleide Matias de Oliveira (FETASE) 

Fonte: Comunicação CONTAG - Barack Fernandes/ Informações da Assessoria da CONTAG Regional NEGilberto Silva

DIRETORIA DO SINDICATO DOS TRABALHADORES RURAIS AGRICULTORES E AGRICULTORAS FAMILIARES DE NOVA CRUZ - RN PUBLICA NOTA DE ESCLARECIMENTOS AOS SEUS ASSOCIADOS E A SOCIEDADE EM GERAL

A Diretoria do Sindicato dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares de Nova Cruz, vem a público, prestar esclarecimento aos seus associados e a sociedade em geral apresentar esclarecimentos sobre postagens em blog e redes sociais a respeito da gestão deste Sindicato.

Observar que foi formulada uma denúncia anônima junto ao Ministério Público do Trabalho do RN sobre supostas irregularidades no Sindicato e na eleição da atual Diretoria, tendo como patrocinadores políticos locais e pessoas da área jurídica, que tentam diminuir e abalar a credibilidade da entidade sindical, com intuito verdadeiro de tentar assumir a administração sindical e usar a categoria com fins eleitoreiros.

Esse grupo político sequer conseguiu formar uma chapa para concorrer a última eleição sindical, realizada em janeiro deste ano e querem utilizar a estrutura do judiciário, como já fizeram em passado recente, para criar dificuldades ao trabalho da atual Diretoria do Sindicato, bem como, ficam criando notícias falsas e realizando postagens para intimidar a atuação dos Dirigentes Sindicais, ao invés de se preocuparem com o desenvolvimento do nosso município de Nova Cruz/RN.

Destacamos que estão mal informados sobre a prestação de contas dos recursos da entidade sindical, que foram todas apresentadas em Assembleia Geral aos associados e associadas, demonstrando o zelo a utilização e a transparência com as finanças da entidade sindical, bem como, todos os esclarecimentos já foram apresentados ao Ministério Público do Trabalho e continuamos a disposição para mostrar a lisura e o zelo com a gestão do Sindicato.

Por fim, o Sindicato continua firme e forte na defesa da categoria dos trabalhadores rurais agricultores e agricultoras familiares de Nova Cruz, na busca por uma melhor qualidade de vida para as pessoas do campo e da cidade, prestando todos os serviços aos associados e associadas com a previdência social, emissão de DAP, assistência dentária e de saúde, assessoria jurídica, parcerias com o comércio local, dentre várias outras ações desenvolvidas, que serão intensificadas com a realização de reuniões nas comunidades, assembleias dos associados e associadas, sorteio de brindes, Cavalgada do Trabalhador Rural, mobilizações para reivindicar dos Governos melhorias e investimentos na agricultura familiar.

“Sonho com o dia em que o sol de Deus vai espalhar justiça pelo mundo todo” Ariano Suassuna.

Fonte: Direção do Sindicato dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares de Nova Cruz - RN. - Email: sttrnovacruzrn2020@gmail.com

EMPREGO - O desemprego caiu, mas a pobreza aumentou

O IBGE divulgou os dados do desemprego em maio: a taxa caiu para 9,8%, a menor desde janeiro de 2016, mas ainda é maior do que a observada no mesmo mês de maio de 2015, quando ficou em 8,1%. Os sinais do mercado de trabalho são positivos. O trabalho com carteira assinada cresceu mais do que o sem carteira este ano, puxado pelo emprego com CLT no setor privado, empregador(a) com CNPJ, e trabalhadores(as) no setor público que não são “estatutários” nem militares. 

Segundo o IBGE, temos 1 milhão a mais de trabalhadores(as) com carteira assinada no setor privado, e 400 mil no setor público. O trabalho precário também cresceu, principalmente no setor privado sem carteira assinada, com quase 440 mil novos trabalhadores e trabalhadoras desde dezembro de 2021, incluindo trabalhadores(as) domésticos(as), e mais de 350 mil empregadores(as) e trabalhadores(as) por conta própria sem CNPJ.

Os dados do PIB e a alta dos juros mostram que as chances de uma recessão “intencional” são grandes, uma vez que a prioridade do Banco Central é conter a inflação. Ninguém quer reviver o período longo de inflação e desemprego que deixamos para trás na década de 1990. As fichas serão dadas em conter a volta da inflação e o mercado de trabalho terá de esperar para voltar ao período de “pleno emprego” vivido entre 2008 e 2014.

O II Relatório Vigisan de 2022 mostrou que: “É muito baixo o rendimento da população brasileira, uma vez que 36,8% das famílias tinham renda per capita média de até 1/2 salário mínimo. Entre essas famílias, cerca da metade vivia com, no máximo, 1/4 de SMPC para atender às suas despesas. Em 14,3% dos domicílios havia pelo menos 1 morador(a) procurando emprego, e em 8,2%, a pessoa responsável pela família estava desempregada (...). Em 1/3 dos domicílios (30,7%) já havia relato de insuficiência de alimentos que atendessem às necessidades de seus moradores/as, ou seja, insegurança alimentar (IA) moderada ou grave, dos quais 15,5%, conviviam com experiências de fome.” 

Hoje, o Brasil ainda conta com mais de 10 milhões de desempregados(as) e com uma população cada vez mais pobre e desigual, a volta do País ao mapa da fome é um alerta. O desafio de continuar gerando bons empregos e de cuidar da inflação para que a renda do trabalho não seja corroída pelo aumento de preços é enorme, e exige um esforço conjunto da sociedade e do governo. O crescimento é uma virtude e não uma sina. Sem boas políticas públicas não resolveremos este problema. O governo insiste em medidas mais para capitalizar nas eleições do que agir de forma a alavancar o crescimento sustentável da economia, já que a maioria das ações se limita a dezembro de 2022. Razão disso é propor um novo auxílio que sequer atende a compra de uma cesta básica. O desafio fundamental é menos em fazer o bolo crescer, mas em reparti-lo de forma mais justa. É preciso arregaçar a manga, e estender a mão.

Fonte: Alexandre Ferraz - Subseção Dieese/CONTAG