quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

DATA ESPECIAL: CONTAG celebra 56 anos de lutas e conquistas para a categoria trabalhadora rural

Além de celebrar o encerramento das atividades do ano de 2019, este 20 de dezembro também tem significado especial porque marca os 56 anos de fundação da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (CONTAG) – a primeira entidade sindical camponesa de caráter nacional reconhecida legalmente, reunindo todas as lutas e demandas históricas iniciadas ainda na época da resistência dos povos originários, do Quilombo dos Palmares, de Canudos, da Balaiada, das greves de colonos(as) e assalariados(as) rurais, das Ligas Camponesas, da Ultab, do Master e de tantos outros movimentos.

Na Confederação conviviam diversas concepções e correntes de pensamento, diversidade política, regional, étnica e cultural que se mantêm até hoje. E a entidade nasceu em um momento crítico da atividade política do País, pois estávamos em 1963 e as forças conservadoras estavam preparando a ofensiva contra o governo João Goulart. No ano seguinte, o presidente da República João Goulart foi deposto por um golpe militar. A CONTAG sofreu intervenção, e o presidente Lyndolpho Silva e demais diretores foram presos imediatamente, o mesmo acontecendo com outras lideranças sindicais rurais nos estados e municípios. Algumas, inclusive, foram brutalmente torturadas e assassinadas.

Foram décadas de resistência à Ditadura e de luta pela redemocratização do Brasil. Os trabalhadores e trabalhadoras rurais voltaram a comandar a CONTAG sem interferência do regime militar em 1968 com a vitória do grupo liderado por José Francisco da Silva e foi acelerado o processo de organização e formação política sindical da categoria trabalhadora rural. Também foi um período em que a entidade avançou no debate sobre legislação rural, educação, previdência, saúde, reforma agrária e desenvolvimento agrícola, direitos trabalhistas, cobrou o cumprimento do Estatuto do Trabalhador Rural e do Estatuto da Terra e participou da discussão sobre a criação de uma Central Sindical Única, das campanhas pela Anistia Política, da Assembleia Nacional Constituinte e pelas Eleições Diretas.

LUTAS E CONQUISTAS

Ao longo desses 56 anos, a CONTAG, Federações e Sindicatos realizaram 12 Congressos Nacionais. Os congressos planejaram as lutas pela reforma agrária, por políticas diferenciadas para a agricultura familiar, condições dignas de trabalho para os(as) trabalhadores(as) assalariados(as) rurais, por educação, saúde e previdência, habitação rural, preservação e conservação ambiental, geração de emprego e renda no campo, esporte, cultura e lazer. Também foram aprofundadas questões estratégicas, a exemplo da luta pela redemocratização do Brasil, liberdade e autonomia sindical, sustentabilidade do movimento sindical, crédito e seguro agrícolas, crédito fundiário, assistência técnica e extensão rural, comercialização e garantia de preços mínimos, cooperativismo, associativismo, infraestrutura rural, entre outras.

As mulheres, durante o 4º Congresso Nacional de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (4º CNTTR), conseguiram aprovar uma moção pelo reconhecimento da trabalhadora rural e pelo direito à sindicalização independente do marido, do pai ou irmão. Ao longo dos congressos da categoria também conquistaram a cota de, no mínimo, 30% de mulheres em cargos diretivos do Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (MSTTR) e, mais recentemente, a paridade de gênero.

A juventude também sempre esteve presente nas lutas dos trabalhadores e trabalhadoras rurais. No 9º Congresso, conquistaram a cota de, no mínimo, 20% de jovens para os cargos diretivos na Contag, Federações e Sindicatos e aprovaram a criação da Secretaria de Jovens.

Já no 10º Congresso foi aprovada a criação da Secretaria de Terceira Idade e a política de valorização das pessoas idosas.

Desde a sua fundação, os(as) assalariados(as) estiveram junto com a agricultura familiar construindo essas lutas e conquistas, o que resultou para a defesa específica dos direitos desse segmento a construção de acordos e convenções coletivas em torno de 700 em todo o País. Em 2013, durante a Mobilização Nacional de Assalariados(as) foi conquistada durante o governo Dilma Rousseff a Política Nacional dos Trabalhadores Rurais Empregados (Pnatre) que tinha como eixos o desenvolvimento de políticas para capacitação e ampliação da escolaridade, combate à informalidade, criação de oportunidade de geração de trabalho e renda, combate ao trabalho escravo e inclusão produtiva de mulheres nas cadeias produtivas. Por decisão do Conselho Deliberativo Ampliado de 27 e 28 de março de 2014, hoje existem dois sistemas dois sistemas sindicais autônomos e harmônicos compondo o MSTTR: um para representação sindical de agricultores e agricultoras familiares (CONTAG) e outro para representação dos assalariados e assalariadas rurais (CONTAR) cujo processo de transição ainda não foi finalizado.

Durante essa trajetória de ação sindical, o Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (MSTTR) entendeu que através da realização de ações de massa conseguiria avançar na luta pela anistia, pela democracia, por Eleições Diretas e políticas públicas. E as mobilizações de massa realizadas pela CONTAG, Federações e Sindicatos reconhecidas nacionalmente, como o Grito da Terra Brasil (GTB), a Marcha das Margaridas, o Festival da Juventude Rural, a Mobilização Nacional dos Assalariados(as) Rurais e a Plenária Nacional da Terceira Idade e Idosos(as) Rurais, também são de ações políticas, de proposição, pressão e negociação que buscam a valorização do espaço rural e transformações sociais.

As ações de massa da CONTAG também consideram em sua organização a diversidade de sujeitos políticos no campo, da floresta e das águas, dando recorte de gênero, geração, raça e etnia.

Mais recentemente, a CONTAG, as Federações, Sindicatos e organizações parceiras mostraram todo o seu potencial de mobilização ao realizar a 6ª Marcha das Margaridas, nos dias 13 e 14 de agosto de 2019, reunindo 100 mil mulheres em Brasília. E para 2020 estão programados o 4º Festival Nacional da Juventude Rural e a 3ª Plenária Nacional de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais da Terceira Idade e Idosos(as), bem como a retomada do Grito da Terra Brasil e uma campanha de valorização da agricultura familiar e da reforma agrária articulada a uma estratégia em torno da Década da Agricultura Familiar e aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.

As ações de massa trouxeram grandes avanços ao longo do tempo a partir da proposição, pressão e negociação junto ao poder público, a exemplo da inclusão dos rurais no Regime Geral da Previdência Social, do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), do Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR), do assentamento de milhares de famílias pelo Incra; do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), do Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF), do Programa Nacional de Educação do Campo (Pronacampo), Política Nacional dos Trabalhadores Rurais Empregados (Pnatre), das Unidades móveis de combate à violência contra as mulheres, do Programa Luz para Todos, entre outras conquistas também importantes.

PROJETO DE DESENVOLVIMENTO

A atitude de sempre construir propostas capazes de valorizar o espaço rural levaram a CONTAG a formular o Projeto Alternativo de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário (PADRSS), que propõe reforma agrária ampla, massiva, de qualidade e participativa, fortalecimento da agricultura familiar com políticas diferenciadas, geração de emprego e renda e melhores condições de vida e trabalho para os assalariados e assalariadas rurais.
Portanto, ao longo de mais de cinco décadas, o Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (MSTTR) coordenado pela CONTAG defende um modelo de desenvolvimento que preza, em primeiro lugar, os sujeitos do campo, a harmonia com o meio ambiente, a produção sustentável, a democratização de terra através da política de reforma agrária, uma política de educação, saúde, previdência e assistência social que garanta dignidade aos trabalhadores e trabalhadoras rurais.

E o PADRSS passou recentemente por um amplo debate nas regiões e em âmbito nacional para a sua atualização se adequando ao cenário de desmonte e retrocessos, bem como pela atitude do atual governo de negar a existência da agricultura familiar ao afirmar que existe apenas uma agricultura no País.

A CONTAG também sempre priorizou o diálogo com a sociedade em busca da soberania, democracia e justiça social.

As bases da Confederação sempre tiveram atuação destacada na organização da classe trabalhadora, por exemplo, no Comando Geral dos Trabalhadores, da fundação da CUT e, mais recentemente, da CTB.

Portanto, nesses 56 anos de fundação da CONTAG, a Diretoria reafirma o seu compromisso em continuar essa história de lutas, proposições e negociações de políticas públicas e em busca de mais conquistas para os trabalhadores e trabalhadoras do campo, da floresta e das águas, e por um Brasil mais justo, soberano, solidário e igualitário para todos e todas.
 Celebração dos 56 anos da CONTAG com a presença da Diretoria e funcionários(as).



Fonte: CONTAG

FONTE: Assessoria de Comunicação da CONTAG - Verônica Tozzi

segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

Bolsonaro age para sufocar agricultura familiar e pequenos produtores

Encurralados. O pequeno agricultor perde renda e vira presa do grande. Foto Istockphoto

Encurralados, o pequeno agricultor perde renda e vira presa do grande - foto - ISTOCKPHOTO

O País caminha agora, sob o comando do Palácio do Planalto e da bancada ruralista, para se transformar em uma imensa fazenda de exportação. 


Cada vez mais desindustrializado, o Brasil está também à beira de um avanço sem precedentes da grande propriedade rural e da agricultura voltada para a exportação à custa do esmagamento da pequena propriedade, da agricultura familiar destinada à produção de alimentos para o mercado interno, da reforma agrária e dos movimentos dos sem-terra, tudo acompanhado de ameaças reais ao meio ambiente. O pacote de maldades está embalado em grande parte na Medida Provisória 910, da regularização fundiária, assinada na terça-feira 10 por Jair Bolsonaro, e um conjunto de leis e decretos editados desde o impeachment de Dilma Rousseff em 2016. O País caminha agora, sob o comando do Palácio do Planalto e da bancada ruralista, para se transformar em uma imensa fazenda voltada de modo quase exclusivo para a exportação, concordam técnicos, economistas e políticos.

“As mudanças feitas por meio da MP 910 ampliam e flexibilizam a regularização fundiária e dão maior concretude a duas grandes demandas estratégicas dos ruralistas contempladas pela lei. A primeira é facilitar e agilizar a transferência, para o mercado, do estoque de 88 milhões de hectares das terras da reforma agrária, que são públicas. A segunda é ‘passar a régua’ nas ocupações de terras da União, até o limite de 2,5 mil hectares, em todo o País, conforme definido pela Lei nº 13.465, pelo processo de autodeclaração de ocupações com áreas equivalentes a até 15 módulos fiscais”, resume o engenheiro agrônomo Gerson Teixeira, assessor parlamentar do PT na Câmara dos Deputados.
A ampliação de 4 para 15 módulos fiscais da extensão dos imóveis passíveis de legalização por simples autodeclaração dos requerentes significa que esse tipo de regularização, antes limitada a pequenas propriedades de até 440 hectares, agora é possível para áreas de até 1,5 mil hectares. O maior alcance das medidas se dará no território da Amazônia Legal, onde, ao legitimar terras ocupadas, tendem a prover segurança jurídica em relação à posse.
A Medida Provisória da regularização fundiária tende a intensificar o conflito agrário no País
E o que vai acontecer? “O proprietário pode dizer: esta terra é minha, e, como não há necessidade de comprovação de posse, ele pode se sobrepor a outras demandas no mesmo local, de áreas para demarcação indígena, de quilombolas, ou ainda de assentamentos. Ele, inclusive, pode declarar que é dele uma área com um acampamento de sem-terra. Imagine a situação explosiva no campo em relação à sobreposição, o conflito de interesses em uma mesma propriedade. Isso, somado à política de flexibilização do uso de armas no campo, nos faz temer que possa acontecer até um aumento de assassinatos no campo. É muito grave”, denuncia Kelli Mafort, da coordenação nacional do Movimento Sem Terra e doutora em Ciências Sociais pela Unesp. O MST reúne 450 mil das mais de 1 milhão de famílias assentadas no País e tem controle territorial de um total de 8 milhões de hectares de terras públicas.
A MP aumenta de maneira indevida e desmesurada o poder do latifúndio e isso asfixia as pequenas propriedades da agricultura familiar. “Eles utilizam uma prerrogativa do pequeno produtor e estendem, vão ampliando”, aponta Aristides Veras, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura. “A ampliação do tamanho da propriedade passível de regularização só por autodeclaração é um problema. Fazer sem vistoria prévia é risco, inclusive, de deixar passar fazendas com situação análoga ao trabalho escravo, prática não encontrada nas pequenas propriedades. O Estado não pode abrir mão da vistoria, pois ninguém vai autodeclarar-se que escraviza alguém. Para piorar, suprimiram da lei o item que veta a regularização quando há a mencionada exploração de mão de obra em condição análoga ao trabalho escravo. A Contag apresentou ao Congresso emendas a essa Medida Provisória para corrigir esses e outros pontos”, afirma Veras.
GARCIA, DA UDR, NÃO TEM DO QUE RECLAMAR. FOTO: TÂNIA RÊGO/ABR
Há uma confluência de fatores favoráveis aos latifundiários e ao agronegócio e prejudiciais aos pequenos produtores e à agricultura familiar. A entrega de títulos aos assentados pela reforma agrária, apresentada pelo governo como algo positivo, combinada à política de dólar alto, que facilita as exportações do agronegócio, mas prejudica a agricultura familiar, além da redução dos programas governamentais de aquisição de alimentos, liberalização do uso de agrotóxicos em ritmo inédito, as limitações do crédito ao pequeno agricultor e o projeto que permite a compra de até 25% das áreas dos municípios, caracteriza “o maior ataque e a maior ameaça ao País”, analisa o economista Eduardo Moreira.
“Menos de 1% dos proprietários têm 50% das terras cultiváveis. Além disso, 0,05% têm 15% do total, enquanto 50% reúnem apenas 2%. Dez anos atrás, trabalhavam nas pequenas propriedades da agricultura familiar 3 em cada 4 brasileiros empregados no campo. Hoje são 2 em cada 3. Os pequenos agricultores diminuíram em 20% nos últimos anos as culturas temporárias que produzem alimentos, enquanto o número de latifúndios que produzem grãos e outros itens para exportação aumentaram em 45%”, descreve Moreira.
A porteira aberta ao latifúndio foi tratada, entretanto, como um avanço civilizatório pelo presidente e auxiliares. A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, garantiu que as medidas representam o acerto de uma dívida de cem anos do Estado. O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, comparou o pacote a “um combo ambiental, fundiário e da libertação dos pequenos posseiros”.
LUTA DESIGUAL. O MST CORRE O RISCO DE SER EXCLUÍDO DE NOVOS ASSENTAMENTOS, ENQUANTO O AGRONEGÓCIO TERÁ MAIORES CHANCES DE ACUMULAR TERRAS NO BRASIL. FOTO: JÚLIA DOLCE
A ministra saudou a medida como a “libertação” dos assentados, que agora poderão se habilitar ao crédito rural dando a própria terra como garantia. “Trata-se mesmo de um ‘combo’, mas ele é composto de falácia, crueldade e manipulação”, acusa Teixeira. Primeiro, diz, os assentados têm acesso ao crédito rural com o risco assumido pelo Tesouro e que até agora funcionou normalmente. “Com as alterações feitas na Lei n° 11.952, a MP estabelece que as condições e a forma de pagamento serão previstas nos títulos de domínio e na concessão de direito real de uso, hipótese em que o imóvel será dado em garantia até a quitação integral do pagamento. A ministra não disse, entretanto, qual banco iria aceitar como garantia uma pequena gleba nessas condições. Além disso, ela sabe que, pelo artigo 5º da Constituição, a pequena propriedade rural, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva.”
Kelli Mafort acrescenta: “As medidas são um plano de entrega de terras públicas para proprietários muito ricos. Está organizado para seguir a regra daquilo que o secretário especial de assuntos fundiários do Ministério da Economia, Luiz Antonio Nabhan Garcia, por ser mais tosco, disse em público, que a regularização será por autodeclaração. Depois, a ministra Tereza Cristina e o próprio Bolsonaro douraram a pílula, afirmando que não se trata disso”. A adjetivação de Nabhan Garcia não parece descabida, a julgar pelo noticiário abundante a respeito de seu engajamento na formação de milícias armadas para intimidar trabalhadores rurais, projeto iniciado quando ele assumiu a presidência da União Democrática Ruralista, criada em 1985 para combater o MST.
Menos de 1% dos proprietários controlam 50% das terras agricultáveis. A concentração vai aumentar
“Essa MP demonstra que o governo não está preocupado em desapropriar nem 1 centímetro quadrado para fazer reforma agrária. Além disso, tentará capitalizar a possibilidade de obter titulação, um grande perigo para a reforma agrária, porque, sem as políticas de desapropriação e os programas de apoio aos assentamentos, essas terras podem voltar para o latifúndio. Com o abandono do programa de reforma agrária e a possibilidade de os posseiros receberem o título de propriedade, serão assediados pelo latifúndio. Esse é o significado, os territórios dos assentamentos poderão voltar ao mercado”, alerta o deputado petista Paulo Teixeira.
Segundo o deputado Ivan Valente, do PSOL, “essa é a MP da grilagem. Ao chegar ao poder, Bolsonaro e Ricardo Salles deram carta branca para o desmatamento de nossas florestas e para a escalada de grileiros sobre terras públicas. Após o avanço de sua horda de bárbaros, o presidente agora tenta legitimar a propriedade da terra ocupada a partir da derrubada de nossas florestas e do assassinato de lideranças indígenas. Com essa Medida Provisória, Bolsonaro legitima o desmatamento e a violência, impulsionando ainda mais a catástrofe ambiental empreendida por seu governo.”
PERSPECTIVA. ONDE SE INSTALA A GRILAGEM, A MINISTRA DA AGRICULTURA, TEREZA CRISTINA, ENXERGA UM AVANÇO CIVILIZATÓRIO. FOTO: MARCELO CAMARGO/ABR
A deputada Maria Perpétua de Almeida, do PCdoB do Acre, diz que a Medida Provisória regulariza até 2014. “Há, entretanto, muitas invasões mais recentes”, afirma. “Não estou me referindo às realizadas por pobres, porque, quando elas tomam a menor iniciativa nesse sentido, a polícia chega e a Justiça manda retirar, mas às cometidas por aqueles mais espertos, os grileiros, que contratam gente e vão para cima. Se o governo queria mesmo resolver o problema e regularizar, por que não começar por terras improdutivas? Por que não chama os movimentos organizados dos sem-terra e dos sem-teto que há anos lutam pela regularização dos locais em que vivem? Porque, da forma como está fazendo, premia o grileiro, aquele que invadiu ou incentivou a invasão. Acho muito perigoso isso. O governo Bolsonaro, se tiver mais três anos pela frente, e se até o fim dele ocorrerem mais invasões, aí ele vai premiar de novo?”
Gerson Teixeira concorda: “A extensão da data de corte das ocupações habilitadas ao programa de regularização, anterior à posição de 22 de julho de 2008 para 5 de maio de 2014, representa um estímulo objetivo à continuidade da grilagem das terras da União. Bastará uma ‘forcinha’ por parte da bancada ruralista, o que nem é necessário no atual governo, para que em pouco tempo outro ato passe a reconhecer a ‘legitimidade’ das ocupações ainda mais recentes”.
“As medidas são um plano de entrega de terras públicas para proprietários muito ricos”, diz Kelli Mafort, do MST
A mudança que ocorre na reforma agrária é dramática, prossegue Teixeira. Primeiro, conta o especialista, o governo manda emancipar, sair da tutela do Estado, os assentamentos que completaram 15 anos em 2017. Com isso, milhões de hectares vão para o mercado, pois a maior parte jamais recebeu um crédito de instalação, não tem infraestrutura, os agricultores que lá estão não têm a menor condição de mantê-los. O objetivo seria atender a uma demanda dos ruralistas, de privatizar os domínios. Não só. Existem dois instrumentos na reforma agrária para ceder a terra, um deles é o título definitivo, o outro é a concessão do direito real de uso. Neste caso, ele usufrui da área pelo resto da vida, passa aos descendentes, tem acesso ao crédito, mas permanece como bem público e ele não pode vender. Essa alternativa o governo eliminou, transformou tudo em título definitivo. Com título definitivo é possível comercializar.
“É a contrarreforma agrária”, destaca o assessor parlamentar. “Quase todos os assentamentos têm 15 anos e mais de 90% deles irão agora para o mercado. Atende a uma grande demanda da bancada ruralista, desde muito tempo atrás, pelas áreas públicas da reforma agrária, por redução das terras indígenas e pelo fim das unidades de conservação. Eles querem terra, sempre mais terra.”
Além disso, o governo e os latifundiários tentam acertar um golpe fatal no MST com a mudança dos critérios de pontuação para selecionar os beneficiários da reforma agrária. O sistema de pontos corresponde a vários critérios, entre eles quem mora no assentamento e se tem família mais numerosa. Um dos requisitos que pontuavam era estar acampado no local. Os sem-terra nessa condição praticamente desapareceram nas novas regras de pontuação. Esta foi a forma encontrada para banir da reforma agrária aqueles que estão na luta pela terra organizada pelo MST e outros movimentos, que perderão pontos e não terão acesso a propriedades. Um sonho para os latifundiários.
Fonte: Carta Capital

STRAF DE NOVA CRUZ/RN REALIZOU ASSEMBLEIA EXTRAORDINÁRIA NESTA SEGUNDA-FEIRA (23)

Edmilson Gomes da Silva - "Negão", presidente do STRAF, falando da importância da Assembléia Extraordinária e do fortalecimento do movimento sindical nos momentos difícil que o mesmo vem passando, conclamando-ou a unirem forças para lutar e garantir os direitos adquiridos com muito suor, lágrimas e união.
Foto 1: Damião Gomes da Silva, presidente do Conselho Municipal do Desenvolvimento Sustentável falando da importância do STRAF e do CMDS de Nova Cruz/RN e foto 2: Apresentação das propostas orçamentárias para o ano de 2020, apresentada pela contadora do STRAF, Selma Varela
Foto 01: Damião Gomes da Silva, fundador do STR de Nova Cruz, hoje STRAF, falando um pouco do nascimento do STR/STRAF da sua importância até os dias de hoje.
Assessor jurídico da FETARN e STRAF, Dr. Marcos George, dando sua palestra aos presentes a Assembléia Extraordinária e no final tirou todas as dúvidas dos mesmos.
Advogada do STRAF, Júlia 

Hoje segunda-feira (23) pela manhã o STRAF de Nova Cruz/RN (Sindicato dos Trabalhadores /as Rurais, Agricultores e Agricultoras Rurais de Nova Cruz/RN (STRAF), realizou Assembléia Extraordinária, cuja pautas foram: 01: PREVISÃO ORÇAMENTÁRIA PARA O ANO DE 2020; 02: INSS DIGITAL e 3º: Outros assuntos de interesse da classe.

Após todos os esclarecimentos necessários e a participação dos associados presentes, colocados pelo presidente, Edmilson Silva, pela contadora, Selma Varela foi aprovada o orçamento para o ano de 2020 por UNANIMIDADE pelos presentes a assembléia extraordinária.

Na sequência veio a palestra do Dr. Marcos George, que falou sobre o Certificado Digital e seus avanços, além da importância dos associados interagir mais com o seu sindicato, bem como manter em dia suas mensalidades, dando assim condições para que o STRAF possa continuar lutando na defesa dos seus associados, bem como ampliar direitos e garantir os já existentes.

Dr. George também falou das ações que o STRAF vem fazendo para os seus associados, como assessoria jurídica, serviços odontológicos, entre outros assuntos.

Damião Gomes da Silva, fundador e presidente do CMDS de Nova Cruz falou do nascimentos do STR, hoje STRAF, bem como das suas conquistas.

A assessora jurídica, Júlia falou um pouco da sua pasta, dizendo que estará sempre a serviço dos associados nas áreas civil, especial e criminal, defendo sempre os associados e seus dependentes.

No final a diretora da FETARN, Divina falou em nome da federação, dizendo que a FETARN estará sempre ao lado do STRAF, fortalecendo a luta em defesa dos agricultores e agricultoras, apoiando cada vez mais o STRAF em suas lutas.

Após os agradecimentos do presidente, Edmilson G. da Silva foram sorteadas várias sextas básicas para os associados presentes e aproveitou para pedir aos associados que escutem o Programa "A Voz do Trabalhador", programa este que vai ao AR, todos os sábados, ás 11 horas pelas ondas da Rádio Curimataú.

Assessor de Comunicação: Eduardo Vasconcelos.
Fotos: Viviane e Eduardo Vasconcelos

quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

Oiticica: Governo do RN garante continuidade da obra da Nova Barra de Santana

Demis Roussos/ASSECOM-RN
O futuro e a dignidade das 240 famílias que compõem a comunidade de Barra de Santana, no município de Jucurutu, onde está sendo construída a Barragem de Oiticica, foram garantidos hoje no ato de assinatura da ordem de serviço da obra para continuidade da Nova Barra de Santana. O ato foi realizado na sala de reuniões da Governadoria, no Centro Administrativo, e foi conduzido pela governadora Fátima Bezerra e representantes de todos os entes envolvidos no processo.  

“Hoje eu quero destacar a minha alegria de estar aqui assinando a ordem de serviço para reinício das obras sociais do Complexo de Oiticica. Alegria pelo significado que a obra representa e também por estar neste ato com pessoas da comunidade de Barra de Santana. Eles três representam o  empenho de um povo que lutou com muita coragem por esta obra”, declarou a governadora.

Ela se referiu aos moradores Zilma Queiroz, Vanorina Bezerra e Alisson Queiroz, cuja presença significou o reconhecimento da população pela retomada das obras, que estavam paralisadas desde 31 de maio, com 48% de execução. “Queremos agradecer à governadora e a Procópio pelo empenho para conseguirmos retomar essas obras, tão importantes para garantir nosso futuro. Viemos trazer os agradecimentos de todos os moradores da Barra de Santana”, disse Alisson.

NOVA BARRA DE SANTANA

A transparência do processo de retomada da obra foi o ponto principal abordado pelo líder do movimento dos atingidos pelas barragens, engenheiro agrônomo Procópio Lucena, que também é representante da Seapac (Serviço de Apoio aos Serviços Comunitários), entidade ligada à Igreja Católica. “Não permitiremos governos que não dialoguem com as comunidades. A democracia é um direito essencial e nós não abdicaremos deste direito universal”, afirmou.

Ele relembrou que a luta dos moradores de Barra de Santana remonta ao ano de 2013, quando Fátima ainda era deputada e posteriormente senadora. “Agora, como governadora, se ela não se empenhasse para dar prosseguimento às obras sociais da comunidade, estaria negando sua história, o seu currículo”, afirmou.

A Justiça Federal acatou a sugestão da população e a obra será feita pelo consórcio EIT/ENCALSO, representada no ato de assinatura da ordem de serviço pelo sócio Dorian Carlos Freire. Pelo contrato, que é no valor de R$ 34 milhões, a empresa terá dez meses para concluir. “Assumimos o compromisso de entregar antes do prazo”, disse. A construtora retomará as obras remanescentes e complementares do local.

A governadora destacou a atuação da Igreja Católica no processo de construção da Nova Barra de Santana e concedeu a palavra a Dom Jaime Vieira Câmara, arcebispo metropolitano de Natal, que estava na governadoria para uma outra reunião e, a convite, permaneceu no ato de assinatura. “Essa experiência da Barra de Santana deixou claro que, concomitantemente à construção das obras físicas da Barragem de Oiticica, seria necessário a condução também das obras sociais, que permitirão a realocação da população com dignidade”, enfatizou.

Fátima agradeceu o empenho dos deputados estaduais, na ocasião representados pelo líder do governo George Soares, e os colegas Souza Neto, Kleber Rodrigues e Francisco Medeiros. Este, como seridoense, natural de Parelhas, falou em nome dos demais. “Sabemos o quanto essa obra é importante para o povo seridoense e para todo o Rio Grande do Norte. Minhas palavras são de gratidão a todas as pessoas que lutaram por esse momento”, resumiu.

O secretário João Maria Cavalcante (Meio Ambiente e Recursos Hídricos/Semarh), um dos protagonistas do processo de retomada da obra e do distrato com a empresa que começou a construção da Nova Barra de Santana, encerrou a solenidade. “É importante destacar este momento como o coroamento do esforço concentrado de vários entes. Desde o início da nossa gestão, pudemos perceber que haviam diversos erros cometidos pela outra empresa e que precisavam ser corrigidos. E agora, vamos retomar a obra e resolver todos os problemas”, assegurou.

Com a Barragem de Oiticica, a atual Barra de Santana será alagada e as 240 famílias serão realocadas nas 186 moradias que serão construídas na Nova Barra de Santana. A construção da nova localidade contará com praças, escola, creche, réplica da igreja católica, lotes para desenvolvimento de atividades industriais e infraestrutura com água, energia, saneamento básico, pavimentação e acessibilidade.

Também estavam presentes ao ato de assinatura da ordem de serviço o vice-governador Antenor Roberto; o procurador geral do estado, Luiz Antônio Marinho, o procurador adjunto José Duarte Santana e a procuradora Ana Gabriela Ramos; o secretário de Infraestrutura, Gustavo Coelho; o diretor-presente da Caern (Companhia de Água e Esgotos do RN), Roberto Linhares; o diretor-presidente do Igarn (Instituto de Gestão das Águas do RN), Auricélio Costa; a assessora jurídica, Mariana Marques e o assessor técnico da Semarh, Paulo Varela. Todos esses gestores tiveram atuação importante no processo de retomada da obra.

BARRAGEM DE OITICICA

A obra da parede da barragem, orçada em R$ 550 milhões, está com 77% de sua execução concluída. É a maior obra de infraestrutura hídrica em andamento no RN, a quinta maior do Brasil e será o terceiro maior reservatório do Estado. Em paralelo, a Semarh está realizando a supressão vegetal (retirada da vegetação nativa da área que será inundada), para evitar que material orgânico comprometa a qualidade da água.
Quando concluída, beneficiará 800 mil pessoas, de 43 municípios do Rio Grande do Norte. Com capacidade para 556 milhões de metros cúbicos, vai receber as águas do Eixo Norte do Projeto de Integração do Rio São Francisco e ofertará água para as regiões do Seridó, Vale do Açu e região Central.

 O RN será o último estado a receber as águas e até o momento não existe um calendário seguro de quando essas águas vão chegar. “Na reunião do Conselho Deliberativo da Sudene, os estados que receberão as águas da transposição do rio São Francisco (Rio Grande do Norte, Ceará, Pernambuco e Paraíba) cobraram o ministro Gustavo Canuto a urgente conclusão do eixo norte das obras”, destacou a governadora.

Fonte: rn.gov.br

Questionado por Fátima, ministro diz que Petrobras permanecerá no RN

ASSECOM/RN
Ao participar do seminário "Motores do Desenvolvimento" com o tema Gestão da Produção do Petróleo e o Futuro do RN, no auditório da Federação das Indústrias do RN (Fiern) nesta quarta-feira, 18, a governadora Fátima Bezerra questionou o ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, sobre a permanência da Petrobras no RN e destacou a importância da companhia para a economia do Estado. Em resposta, o ministro disse que a Petrobras não vai atuar mais na exploração de petróleo onshore (em terra), mas manterá investimentos em áreas como pesquisa e produção offshore (marítima).

No seu discurso à plateia de empresários, investidores e acadêmicos, a governadora disse que "falar sobre petróleo é falar sobre o presente e o futuro do RN. Nosso governo trabalha em parceria com o empresariado para fortalecer negócios, atrair novos investimentos, gerar oportunidades de trabalho, empregos e renda. Tudo isso como forma de dar mais qualidade de vida para a população e retirar o Estado da crise financeira e fiscal".
Fátima explicou que a administração estadual trabalha aliada ao empresariado para aperfeiçoamento dos negócios e na busca de novos investimentos, inclusive externos. "Nosso Governo cumpre a palavra, respeita contratos, promove a segurança jurídica, agiliza licenciamentos e até instalou câmaras setoriais para ouvir e dialogar com a indústria, o comércio, o setor mineral", afirmou.

INVESTIDORES ELOGIAM MEDIDAS DO GOVERNO

A política de desenvolvimento do Governo do RN foi elogiada pelo presidente da Associação Brasileira de Produtores Independentes de Petróleo - ABPIP, Anabal Santos. Ele afirmou que o Estado assume posição de destaque no cenário nacional por que o Governo do RN preparou o Estado para os novos investimentos na área de petróleo e gás. "O Rio Grande do Norte deu exemplo ao Brasil. Um exemplo que é reconhecido e comentado pelos empresários de todo o país - a celeridade na liberação de licenças ambientais e a garantia de segurança jurídica", afirmou.

Anabal Santos disse que as iniciativas do Governo do RN criaram junto aos investidores interesse no Estado que já está recebendo novos investimentos como os da Petrorecôncavo e Redepetro. "Agradecemos ao Governo pelas ações tomadas que viabilizaram a nossa presença no Rio Grande do Norte". Ele acrescentou que "o RN é altamente atrativo para o empreendedor. O Estado está na vanguarda e oferece menos riscos. Aqui o Governo pensa assim: se é para o bem do Estado vamos nos unir", registrou.
O presidente da Federação das Indústrias do RN - FIERN, Amaro Sales concordou com Anabal Santos e afirmou que a administração estadual trabalha muito próximo ao empresariado para favorecer novos investimentos e o desenvolvimento. "Agora, o RN tem grande oportunidade com os novos negócios nas áreas de petróleo e gás. E é muito bom que o Governo do Estado tenha tomado as medidas necessárias para dar agilidade à implantação dos novos empreendimentos que estão chegando e irão beneficiar a todos", afirmou o presidente da Fiern.

A cadeia da produção de petróleo e gás no RN gera atualmente 10 mil empregos formais no RN. O setor vive a expectativa de retomada na produção a partir de investimentos privados. Entre 2010 e 2018, as perdas na produção foram superiores a 30%, saindo de mais de 60 mil barris por dia para 40 mil barris/dia.

No início deste mês a Petrobras concluiu a venda, por 266 milhões de dólares, de 34 campos terrestres no Polo Riacho da Forquilha para a empresa Potiguar E&P, controlada pela Petrorecôncavo. Os campos negociados produzem, em média, 5,8 mil barris de óleo por dia. Em reunião com o Governo no mês de maio, a Petrorecôncavo garantiu investimentos de 150 milhões de dólares (aproximadamente R$ 600 milhões) nos próximos cinco anos.

A Petrobras também vendeu campos terrestres no Polo Macau, à 3R Petroleum e em Ponta do Mel/Redonda à Central Resources do Brasil, pelo valor de 200 milhões de dólares.

Em setembro, a Petrobras fez o leilão de 19 blocos exploratórios no RN, que foram adquiridos pelas empresas Petro-Victory, Phoenix, Geopark e Imetame.

Fonte: gov.org.br

domingo, 15 de dezembro de 2019

BNB e FETARN planejam ações conjuntas para melhorá aceso ao crédito para a agricultura familiar em 2020


Em audiência com a superintendência estadual do Banco do Nordeste no Rio Grande do Norte nesta sexta feira, dia 13 de dezembro, diretores e assessores da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Rio Grande do Norte (FETARN) foram recebido pelo superintendente geral, Irrailson Ferreira e pelo coordenador Estadual do Agro Amigo, Gustavo Saraiva. 

O superintendente apresentou os principais problemas para a aplicação dos créditos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar no ano de 2019 e junto com os diretores e assessores da FETARN foi apontado possíveis caminhos para avançar e superar os problemas para 2020. 

Participaram da agenda os seguintes diretores da FETARN: Vice-Presidenta e Secretária de Políticas Sociais, Ana Aline de Morais; Secretário de Política Agrícola, Jocelino Dantas; Secretária Geral e de Comunicação, Divina Maria; Secretário da Terceira Idade, Ambrósio Lins do Nascimento; Secretária de Política Agrária e Meio Ambiente, Antonia Dantas e os assessores Silvana Patricia e Joseraldo do Vale.

Fonte: FETARN

CONTAG INSTALA ENERGIA RENOVÁVEL SOLAR EM SEU CENTRO DE FORMAÇÃO

STRAF DE NOVA CRUZ/RN PUBLICA EDITAL DE CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA PARA DIA 23/12/2019 - CONFIRAM O EDITAL E MATÉRIA COMPLETA!

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EDITAL DE CONVOCAÇÃO DO STRAF DE NOVA CRUZ/RN

O STRAF de Nova Cruz, Rio Grande do Norte publicou Edital de Convocação da Assembléia Extraordinária para o dia 23 de dezembro do ano em curso, das 09:00 horas ás 11 horas na sede do seu sindicato localizado a Rua 13 de maio, 94 - Centro - Nova Cruz/RN, com as seguintes pautas:

1º - PREVISÃO ORÇAMENTÁRIA PARA O ANO DE 2020;
2º - REFORMA DOS ESTATUTOS SOCIAIS DA ENTIDADE;
3º - INSS DIGITAL e;
4º - OUTROS ASSUNTOS DE INTERESSE DA CLASSE.

Desde já, o presidente do STRAF - NOVA CRUZ/RN, Edmilson Gomes da Silva (Negão), agradece a todos e todas os/as sindicalizados/as que comparecerem a esta convocação.

"Responsabilidade, compromisso e em defesa dos seus associados são fatores importantes na defesa dos seus associados." - Edmilson Gomes de Silva - NEGÃO - Presidente.

terça-feira, 3 de dezembro de 2019

PRESIDENTE DO STRAF DE NOVA CRUZ, "NEGÃO" PUBLICA MENSAGEM NATALINA AOS ASSOCIADOS E EM PARTICULAR A TODOS/AS OS NOVACRUZENSES!


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Imagem do Google

A Diretoria do Sindicato dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares, Assalariados, Aposentados e Pensionistas, Desejam que este Natal seja o início da construção de um caminho de amor, alegria e de esperança, e que em 2020 as conquistas sejam muitas em prol de nossa classe "Trabalhadora Rural".

Que neste ano que se aproxima a paz do senhor recaia a todos vocês que levantam com o sol e estão sempre dispostos a derramar seu suor em prol do sustento alheio. Que, faça chuva ou não, está sempre lá a debruçar o olhar sobre as mudas até que as mesmas se transformem em frutos. Que quando a chuva vem demais ou o sol esquenta, sofre dentro da alma a perda de toda a colheita. Que o céu lhe seja sempre justo e lhe traga a dose certa água, calor e também uma dose extra de esperança.

São os sinceros votos do Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares de Nova Cruz/RN, Edmilson Gomes da Silva (Negão do Sindicato).

NOVOS RUMOS CONTAG, Federações e Sindicatos definem prioridades até o 13º Congresso Nacional da categoria

FOTO: César Ramos
Além de discutir o Projeto Alternativo de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário (PADRSS), os cerca de 400 representantes de todos os estados brasileiros participantes do Seminário Nacional sobre Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário, realizado em Brasília entre os dias 26 a 29 de novembro, também tiveram como missão aprofundar o debate sobre temas relevantes para o Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (MSTTR) e para a atualização do seu Plano de Lutas até a realização do 13º Congresso Nacional de Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (13º CNTTR).

Na manhã de quinta-feira (28), foi realizado o painel “Desafios para o Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais – MSTTR”, que contou com a contribuição do secretário de Política Agrária da CONTAG, Elias Borges, e da secretária de Mulheres, Mazé Morais.

Elias Borges destacou em sua análise os principais desafios referentes à luta pela reforma agrária, pelo fortalecimento da agricultura familiar, de acesso a mercados, aos acordos internacionais, bem como da estrutura sindical, da formação política, da questão ambiental, sustentabilidade político-financeira do movimento sindical e da comunicação para dar visibilidade a nossa luta. “As nossas práticas precisam dialogar com o Projeto Alternativo de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário (PADRSS), esse é um dos nossos desafios. O nosso diferencial em relação ao agronegócio é produzir alimentos saudáveis, reaproveitar a água e usar energias renováveis, por exemplo. Também precisamos fortalecer a nossa participação política, aumentando a nossa representação nos espaços políticos para que o nosso projeto de desenvolvimento avance ainda mais”, destacou Elias.

Já a secretária de Mulheres da CONTAG fez uma análise sobre os sujeitos do campo, da floresta e das águas, destacando a enorme diversidade de gênero, raça, geração e cultural no País. Mazé Morais destacou, ainda, os avanços obtidos nos últimos anos da organização das mulheres trabalhadoras rurais agricultoras familiares, enfatizando que alguns desafios permanecem. “Precisamos valorizar os sujeitos e a sua diversidade, bem como devemos acolher todos os sujeitos. Todas e todos são protagonistas da nossa luta. Nós, mulheres, representamos mais de 60% das associadas aos STTRs, porém, contamos ainda com enormes dificuldades para avançar na participação das mulheres nos espaços de decisão política e de poder, mesmo reconhecendo que já avançamos bastante”, ressaltou Mazé.

PLANO DE LUTAS

Os(as) participantes dos Sindicatos e das Federações debateram em grupos questões relevantes para a categoria baseados no atual cenário no País e no mundo e elegeram as ações prioritárias do Plano de Lutas da CONTAG a serem realizadas até o 13º Congresso Nacional, que acontecerá em 2021. Seguem algumas dessas prioridades:

No tema Democracia e Participação Política, uma das propostas aprovadas foi “Atuar para apresentação de propostas de emendas à PEC 196/2019 (que trata da reforma do sistema sindical brasileiro) que fortaleça a estrutura do Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (CONTAG, Federações e Sindicatos), bem como possíveis medidas que venham ser acionadas pelo governo contra os(as) trabalhadores(as) rurais agricultores(as) familiares.” A outra foi a necessidade elaborar uma plataforma política da agricultura familiar para as eleições 2020.

Sobre Reforma Agrária – acesso à terra, ao território e aso bens comuns, alguns dos encaminhamentos prioritários são: “Fortalecer as ações de pressão pela reforma agrária que ampliem o direito de acesso e permanência na terra, intensificando a luta e fortalecendo as ações contra a concentração fundiária e a estrangeirização de terras”; “retomar as ações do Grito da Terra Brasil com foco na luta pela reforma agrária, defesa e valorização, com pauta enxuta que contemple somente os pontos prioritários”; e “lutar contra os processos de reintegrações de posse nas áreas de Contrato de Alienação de Terras Públicas (CATP)”.

Quanto à luta pela Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, Agroecologia e Meio Ambiente, duas das prioridades serão: “assumir de fato a política de meio ambiente como ação estratégica do MSTTR e combater o abuso de poder econômico para garantia do uso democrático dos recursos naturais”; e “retomar o Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (PLANAPO), tornando-o uma das principais bandeiras de luta do MSTTR”.
No item do Desenvolvimento Sustentável da Agricultura Familiar foram aprovadas várias prioridades, entre elas: “incentivar o lançamento da Década da Agricultura Familiar em todos os níveis (nacional, estadual e municipal)”; “incentivar a agroindustrialização dos produtos da agricultura familiar”; “lutar pelo Programa Minha Casa Minha Vida no meio rural, reforçando a defesa da conclusão das obras inacabadas”; “discutir orçamento para agricultura familiar nas esferas municipais, estaduais e nacional”; “lutar pelo fortalecimento da organização da produção das mulheres e jovens trabalhadores(as) rurais agricultores(as) familiares visando a autonomia econômica e financeira”.

Para a Educação do Campo, uma das lutas será pela retomada das escolas do campo que foram fechadas e pela permanência das existentes, com infraestrutura adequada para atender às necessidades da população e com uma pedagogia que leve em consideração às peculiaridades do campo.

Já sobre a Organização e Luta das Mulheres e Juventude Trabalhadora Rural, as prioridades serão: “realizar o Festival Nacional da Juventude Rural, com amplo envolvimento dos estados e municípios, fortalecendo os processos de reivindicação das pautas da juventude rural em nível local”; e “dar continuidade ao processo formativo e propositivo desencadeado pela Marcha das Margaridas 2019, a partir de sua Plataforma Política, nos estados e municípios, fortalecendo, com isso, a ação das mulheres do campo, da floresta e das águas desde a base”.

Outros temas também foram inseridos entre as prioridades até o próximo Congresso da CONTAG, a exemplo da intensificação e massificação da luta em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS); do monitoramento da regulamentação da reforma da Previdência e atuação pela efetividade dos direitos previdenciários dos trabalhadores rurais agricultores(as) familiares e assalariados(as) rurais; e da luta para garantir nas leis de gestão das águas estaduais e nacional a isenção da cobrança pelo uso da água pela agricultura familiar.

SALDO POLÍTICO

“Foi um momento rico para o movimento sindical aprofundar o debate em busca de melhorias na ação político-sindical, encontrar novas formas de se relacionar com base, ampliar a sua representatividade e fortalecer a luta em defesa dos trabalhadores rurais agricultores e agricultoras familiares com a implementação, de fato, do Projeto Alternativo de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário, assegurando a melhoria da qualidade de vida e trabalho de homens e mulheres do campo, da floresta e das águas. Com certeza, saímos mais fortalecidos depois desses dias de muita reflexão e redirecionamento da nossa luta”, avaliou o presidente da CONTAG, Aristides Santos.

A secretária de Políticas Sociais da CONTAG, Edjane Rodrigues, também valorizou bastante a participação e todas as intervenções, que possibilitou ao movimento sindical ter um recorte real da diversidade dos sujeitos que estão e que querem continuar no campo. “Os debates nos grupos de ontem (28) mostram, claramente, a grande tarefa que o movimento sindical tem até o 13º CNTTR. Mas, como resultado, também mostrou, mesmo com tantos desmontes, a capacidade de organização e resistência que o nosso movimento sindical tem. Fomos protagonistas de várias lutas e continuaremos na resistência. Agora, precisamos olhar para os desafios que virão e, certamente com o comprometimento com o nosso PADRSS e com a nossa capacidade, chegaremos muito mais fortalecidos e empenhamos na luta por um país justo, democrático e igualitário”, destacou Edjane.

FONTE: Assessoria de Comunicação da CONTAG - Verônica Tozzi

MARCHA DAS MARGARIDAS 2019 (RETROSPECTIVA)

SINDICATO DOS TRABALHADORES RURAIS AGRICULTORES E AGRICULTORAS FAMILIARES DE NOVA CRUZ REALIZOU FESTIVAL DE JOVENS E TERCEIRA IDADE.


Foto da esquerda p/ direita: "Negão" (Edmilson Gomes da Silva) ao lado da representante da Juventude/FETARN e o diretor dos Idosos do STRAF de Nova Cruz, Sebastião.
Mesa de credenciamento - FETARN
O jovem cantor novacruzense, DIEGO RAMOS fez bonito no evento
Foto da Esquerda p/ direita Daniele, diretora de finanças do STRAF de Nova Cruz ao lado do cantor e das jovens da FETARN 
Representantes dos jovens - FETARN/STRAF de NOVA CRUZ/RN
Assessor jurídico da FETARN, Dr. MARCO GEORGE entre as representantes da Juventude da FETARN
Damião Gomes, fundador do STR de Nova Cruz ao lado da representante da Juventude da FETARN

O Sindicato dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares de Nova Cruz realizou no último sábado (30/11) o primeiro Festival de Juventude e Terceira Idade.

Um momento de integração entre a Juventude Rural e a Terceira Idade, o Sindicato realizou momentos de lazer e divulgação do Festival estadual de Jovens Rurais que será realizado pela FETARN  nos dias  28, 29 e 30 de janeiro de 2020, e o Festival Nacional de Jovens Rurais que será realizado pela CONTAG de 28 a 30 vc de abril de 2020 com o lema "Juventude Rural a hora é agora".

Os Festivais de Jovens Rurais tem o objetivo de discutir e defender Políticas Públicas que atendam a demanda e necessidade da Juventude do Campo, durante esses festivais serão construída a pauta de reivindicações que a juventude defende e será entregue e negociado com o Governo.

Além da Juventude e Terceira Idade de Nova Cruz, também estiveram presentes Jovens da comissão estadual e de alguns municípios do estado que estão contribuindo na construção dos Festivais.

O Sindicato de Nova Cruz recebeu os Parabéns da diretoria da Fetarn que esteve Presente no evento representada pela Secretária de Jovens Ana Paula Reinaldo, a Vice Presidente e Secretária de Políticas Sociais Ana Aline Morais, e o Assessor Jurídico Dr Marcos George de Medeiros, pelo grande evento realizado por toda a equipe do Sindicato e pelo brilhante trabalho desenvolvido em defesa dos Agricultores Familiares do município prestando bons serviços e representando muito bem a categoria em todos os espaços da sociedade sempre na defesa e garantia dos direitos da Agricultura Familiar.